Mais protestos ocorreram na noite de ontem por justiça à Breonna Taylor, a jovem aspirante à enfermeira negra de 26 anos, que morreu quando policiais invadiram sua casa em busca de drogas e abriram fogo contra ela e o namorado.
sábado 26 de setembro de 2020 | Edição do dia
No dia 13 de março desse ano, Breonna Taylor dormia junto com seu namorado em sua casa em Louisville, Kentucky, quando 6 policiais invadiram sua casa em busca de drogas. O namorado tentou defendê-la com sua arma legal e registrada, mas os policiais abriram fogo e mataram Breonna com 6 tiros. No final, nenhuma droga foi encontrada
Após o caso, ainda tentaram acusar o namorado por tentativa de assassinato aos policiais, mas esse foi absolvido devido a repercussão do caso.
Já os policiais ficaram impunes até então. Para coroar essa impunidade, apenas um dos policiais foi considerado culpado. A sentença proferida na quarta feira foi por “conduta perigosa” – classificado com um crime nível D (crime leve, que não coloca a vida de pessoas em risco) em Kentucky. O oficial, Brett Hankison, pode pegar no máximo 1 a 5 anos de prisão e sua fiança já foi fixada em apenas US$15.000.
Frente a mais esse absurdo da justiça - que sistematicamente deixa impune a policiais enquanto encarcera massivamente os negros e persegue ativistas e manifestantes - os protestos antirracistas voltaram a ganhar força em diversas cidades dos EUA. Ontem não foi diferente. Em Los Angeles, Seattle, Chicago, Filadélfia, Nova York, Louisville, Boston, Atlantata, Kansas City, Providence, São Diego e outras cidades ocorreram protestos. A resposta, tanto dos políticos republicanos quanto democratas, evidentemente foi a repressão.
BREAKING: Police have declared an ‘unlawful assembly’ in #Louisville—still 2 hours till curfew actually begins. pic.twitter.com/daPJIVyWAq
— SV News 🚨 (@SVNewsAlerts) September 25, 2020
Louisville
Large turnout in Boston’s Nubian Square tonight following a Kentucky grand jury indictment in the killing of #BreonnaTaylor pic.twitter.com/LG5DqTzT7r
— Tanner Stening (@tstening90) September 25, 2020
Boston
Protesters marching down Malcolm X Blvd towards BPD headquarters. #gbhnews #BreonnaTaylor #protests pic.twitter.com/k5Bg7AHPd7
— Meredith Nierman (@meredithnierman) September 25, 2020
Nova York
Longe de ter algo pontual, o levante nos EUA - independente dos fluxos e refluxos pontuais - abriu profundos questionamentos ao racismo intrínseco da polícia e do Estado americano. A tarefa da esquerda brasileira, deveria se inspirar nesse levante, num dos países que possui a polícia mais assassina do mundo. Infelizmente o que vemos é o PSOL seguindo o caminho oposto, colocando um ex-comandante da PM como vice no Rio de Janeiro. Contra essa lógica, foi que Carolina Cacau do MRT, que estava em candidatura por filiação democrática na legenda, retirou sua candidatura: