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Meio Ambiente | No governo Bolsonaro, destruição da Mata Atlântica bate recorde para atender latifundiários

Estudo divulgado nesta quarta-feira (25), pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), aponta que o desmatamento de Mata Atlântica cresceu 66% entre 2020 e 2021. O principal fator é a agricultura dos grandes latifúndios na divisa entre Minas Gerais e Bahia, também pela soja no Mato Grosso do Sul.

quarta-feira 25 de maio de 2022 | Edição do dia

Assim como ocorre na Amazônia, o governo Bolsonaro é responsável por incentivar a destruição da floresta e dos biomas, tudo para atender a sede de lucro de um punhado de latifundiários. Para se ter ideia da dimensão da destruição, a área devastada nesses dois últimos anos é de 21.643 hectares, equivalente a 20 mil campos de futebol e 2,5 hectares por hora, segundo o estudo. Além disso, liberou 10,3 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera.

Cerca de 90% do desflorestamento está concentrado em cinco estados: Minas Gerais (9.209 ha), Bahia (4.968 ha), Paraná (3.299 ha), Mato Grosso do Sul (1.008 ha) e Santa Catarina (750 ha). Os dados absurdos quebram o recorde anterior, registrado entre 2017 e 2018, onde a devastação atingiu 11.399 ha. O bioma mais devastado do país tomou dimensões ainda maiores de destruição após o golpe institucional de 2016, com a volta dos militares à política e a eleição de Bolsonaro.

Importante mencionar que junto do desmatamento ocorrem crimes bárbaros, com garimpeiros e latifundiários invadindo terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação. Como o ocorrido na floresta Amazônica recentemente, na região de Waikás, onde uma menina da comunidade Aracaçá morreu após ser estuprada por garimpeiros. Além de uma séria de crimes que são ocultados.

Fatos como esses mostram a urgência de enfrentar os capitalistas antes que eles acabem com nosso planeta. No Brasil, o bolsonarismo, o garimpo, os madeireiros, mineradoras e o agronegócio, principais responsáveis pelo desmatamento e que atuam sistematicamente e sob o consentimento dos militares, devem ser combatidos com uma política de trabalhadores, com independência de classe.




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