×

280 pessoas no I Torneio Operário | No Torneio Intercategorias, os times femininos foram destaque!

terça-feira 4 de agosto de 2015 | 01:30

Aconteceu nesse domingo a primeira fase do I Torneio Operário de Futebol Inter-categorias: Trabalhadores unidos contra a crise! Além dos mais de 250 jogadores, familiares e amigos que vieram prestigiar o evento, contamos com um grande espírito de confraternização e amizade entre as equipes, reforçado pelo caráter do evento: um Torneio sem patrões e de solidariedade entre os trabalhadores!

Nesse artigo apresentamos alguns destaques e a situação do Grupo Feminino. Neste link estão as informações das Chaves do masculino para que todos e todas possam acompanhar.

A maior expectativa e a maior revelação foi o futebol feminino!

Trabalhadoras da USP de várias unidades diferentes organizaram três times: “Operárias da Saúde”, que contava com trabalhadoras do Hospital Universitário (HU), da Faculdade de Odontologia (FO) e de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (FOFITO); “Minas da Oeste”, com as trabalhadoras da Creche Oeste; e as “Minas Sem Arrego”, que envolvia as trabalhadoras da Prefeitura, Educação Física, Educação e FFLCH. Trabalhadoras em times diferentes, mas unidas pela força da greve de 118 dias de 2014 contra os ataques do governo e Reitoria à saúde e à educação.

Trabalhadoras Metroviárias de várias estações organizaram o time “Canelas Inteiras Rotinas Quebradas” com jovens aprendizes, trabalhadoras efetivas e companheiras demitidas políticas pelo Governador Alckmin da forte greve do ano passado. E, de Campinas, as professoras que fizeram 92 dias de greve, enfrentando corte de ponto, organizaram o time “Géia” para participar do Torneio.

Além do show de bola e da organização, a maioria dos times femininos passaram o último mês treinando. Como não poderia deixar de ser, vieram embandeiradas com a motivação que as unificava.

“As Minas Sem Arrego” e “As Minas da Oeste” vieram com uma faixa contra qualquer tipo de opressão. Essa atitude, além de responder ao machismo que permeia toda a sociedade e também o futebol, colocava em reflexão todos os trabalhadores ali presentes da necessidade de enxergar o papel da mulher na sociedade como trabalhadora, jogadora, livre e sujeito!

“As Operárias da Saúde” que vem unidas desde o ano passado enfrentando o desmonte d Hospital e a tentativa dos governantes e empresários de privatizarem a saúde, ocasionando a morte de milhares de trabalhadores nas filas dos hospitais, trouxeram uma bandeira em defesa da saúde, o HU é do povo!

As metroviárias apareceram para exigir a Readmissão de todas e todos os Metroviários. Em um time que demonstrava em campo uma unidade pela qual lutamos nos locais de trabalho entre efetivos, terceirizados e estagiários/jovens aprendizes. Para que todos sejam efetivados e tenham os mesmos direitos e salários!

Já o time “Géia”, das professoras de Campinas, veio expressando em seu nome ao mesmo tempo uma linda homenagem e uma cruel realidade: Géia Borghi, trabalhadora da saúde de Campinas, foi assassinada ano passado por ser transexual. Para que nenhuma Géia seja esquecida, nenhuma trans* mais seja assassinada e todos e todas possam ser livres, as professoras de Campinas se identificaram como “Géia”!




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias