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RIO DE JANEIRO | No Rio de Janeiro médicos são demitidos por WhatsApp

A saúde do Rio de Janeiro vem sofrendo com a falta de investimentos no setor desde o começo da gestão Pezão-Crivella, um ataque brutal ao SUS denunciado pelo movimento Nenhum Serviço de Saúde a Menos desde agosto de 2017, quando o prefeito anunciou fechamento de onze clínicas da família na zona oeste da cidade. Agora, demissões em massa de médicos prejudica o atendimento nas UPAs do Rio e da Baixada Fluminense. E pior, via WhatsApp e sem aviso prévio.

segunda-feira 3 de dezembro de 2018 | Edição do dia

Médicos das UPAs de Botafogo, Copacabana, Taquara e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, afirmam terem sido demitidos por meio do aplicativo WhatsApp na noite de sexta-feira (30/11) . A Organização Social (OS) IDAB, responsável pelas unidades, disse que contratou a empresa Soniprev para cuidar dos plantões e que o serviço seria agora com outros médicos. A secretaria de Saúde disse desconhecer a medida tomada pela OS contratada para gerir a contratação dos médicos. Enquanto isso, as pessoas sofrem nas unidades sem atendimento.

Os pacientes que chegavam nas unidades encontravam os consultórios vazios, sem médicos, e eram mandados para casa. Reclamavam de omissão de socorro por parte da OS que demitiu os funcionários.

"É como se tivessem terceirizado o serviço médico. O IDAB entrou há quatro meses na gestão das UPAs. Na época, exigiu que os profissionais trabalhassem como PJ (pessoa jurídica). Muita gente correu atrás, abriu empresa, gastou dinheiro, enfrentou burocracia. Agora, fomos demitidos de forma completamente antiética. Logo depois, ele saiu do grupo", conta a pediatra Marianne Paiva, que trabalha na UPA de Botafogo há cinco anos.

A precarização da saúde pública é um projeto do governo da burguesia para a burguesia, cujo ápice foi em 2016 quando o governo Temer aprovou a chamada “PEC do teto de gastos” ou “PEC do fim do mundo” que congela por 20 anos investimentos em saúde e educação. Uma política que será duramente continuada e afiada pelo futuro presidente Jair Bolsonaro, que, na ocasião votou favorável à PEC.

O futuro presidente vê na privatização e nos cortes dos direitos do povo pobre, a solução para a crise dos capitalistas. Vejam bem, a lógica será sempre esta: primeiro privatizam tudo, depois nos privam de tudo. E lucram assistindo milhares de pessoas morrendo nas filas do SUS que eles destroem.

Seguimos em defesa da saúde pública, gratuita e de qualidade. Dizemos não ao desmonte do SUS e Nenhum Serviço de Saúde a Menos. Vamos construir uma força anti-imperialista da classe trabalhadora para enfrentar os ataques que estão colocados e os que estão por vir, de Temer a Bolsonaro, Pezão, Crivella e Witzel.




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