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COVID-19 EM MG | Negligência dos governos leva a um grande aumento da Covid em Minas Gerais

Os últimos boletins epidemiológicos emitidos pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informam um grande aumento na taxa de contaminação e mortes por Covid no estado. Apesar disso, os governo de Zema e Kalil seguem deixando a população da capital e interior à própria sorte.

Zuca FalcãoProfessora da rede pública de MG

terça-feira 12 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Romeu Zema, governador de MG - site do Partido Novo

O boletim de hoje, 12, emitido pela SES-MG sobre a evolução da Covid em Minas Gerais informa um aumento de mais de 7.800 casos confirmados da doença e 14 mortes em 24 horas. Desde o dia 1 de janeiro de 2021 os casos confirmados já somam quase 56 mil, e o número de óbitos já chega perto de 800, em apenas 12 dias.

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O aumento das taxas de Covid que volta a ocorrer em Minas Gerais é fruto da péssima gestão que é feita da pandemia nos três níveis de governo: federal, estadual, e municipal, que longe de darem uma saída de fato para o problema, tentaram transferir a responsabilidade do caos sociosanitário para a população.

O governador Romeu Zema (NOVO) reproduz em Minas Gerais a mesma postura que Bolsonaro adota nacionalmente, de menosprezar as mortes e a gravidade da pandemia. Enquanto Bolsonaro declara que lamenta as mortes mas que "a vida continua", Zema usa um discurso de que mantém a pandemia sob controle, enquanto promove o aprofundamento da precarização da saúde, tendo fechado 10 leitos de Covid no Hospital de Referência Eduardo de Menezes.

Alexandre Kalil (PSD), prefeito da capital, apesar da demagogia no seu discurso que tenta passar a imagem de um duro combate à pandemia, na prática não providencia a mínima estrutura para que esse combate ocorra de fato. Enquanto Kalil dá declarações públicas onde busca parecer radical e implacável contra o vírus, não oferece testes à população, não proíbe as demissões no município, não equipa os leitos hospitalares da capital, eleva ainda mais o nível de precarização dos trabalhadores da saúde, recusa a reforçar o quadro pessoal para evitar a sobrecarga dos trabalhadores e até a falta de equipamentos de proteção e segurança nos hospitais.

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A preocupação destes governos não é minimamente com as milhares de vidas que estão sendo perdidas pela pandemia, muito menos com as demissões e fechamento de empresas. De fundo, se alinham para cobrar dos trabalhadores a manutenção do lucro dos capitalistas, aproveitando esse momento de debilidade social para impor seus ataques à classe trabalhadora.

Se negam a combater efetivamente a pandemia, enquanto no discurso buscam colocar a culpa do descontrole dos contágios na própria população, com a colaboração da mídia burguesa, que faz alarde com as aglomerações por lazer, mas não denuncia que as empresas de ônibus da capital e região metropolitana de BH reduziu drasticamente o número de viagens de ônibus, lotando os poucos carros que seguem rodando e colocando a população pobre e trabalhadora em risco de vida para aumentar seus lucros durante a pandemia.

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