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OCUPAÇÃO EM CAXIAS | Não queremos diretora que nos da comida estragada!

segunda-feira 30 de maio de 2016 | Edição do dia

Em reunião os estudantes do IEE Cristóvão de Mendoza decidiram mexer no estoque de alimentos da escola. A decisão foi tomada pois chegaram à conclusão que a comida acabaria estragando com o passar dos dias da ocupação. A despensa e o refeitório foram trancados com cadeados e tiveram as portas soldadas, por ordens da direção, para que os ocupantes não tivessem acesso.

Enquanto saíam com os alimentos foram abordados por um professor treinador do time da escola, que os ameaçou de morte se não largassem o que carregavam e ameaçou chamar a polícia.

Os alunos pegaram o que conseguiram e levaram para suas acomodações. Ao inventariarem o que foi levado perceberam que muitos alimentos estavam com validade vencida, principalmente pacotes de massa. Havia pacotes com data de Julho/2015 abertos e porções armazenadas em embalagens de pratos descartáveis fechadas com grampeador sem data de validade, claramente estragadas (como se vê nas imagens ao final da matéria).

Com isso levantou-se a suspeita de que o ato da direção de trancar o acesso à cozinha teria se dado para que não fosse descoberto tal descaso com a alimentação dos alunos. Depois da constatação, verificaram os extintores de incêndio, que também estão vencidos desde o ano passado. Além de todos os problemas de ensino, de estrutura e de relações trabalhistas contra os quais os secundaristas protestam, soma-se ao caos no Cristóvão o perigo à saúde dos alunos.

É um absurdo que a direção de uma escola do tamanho e da importância do Cristóvão permita que essa situação aconteça e persista. Expôr as crianças e adolescentes a tal risco não é só negligente como também criminoso. Inclusive segundo os ocupantes os relatos de intoxicação alimentar em alunos são comuns. Os ocupantes exigem a imediata exoneração da diretora Fabiana Simonaggio e que seja investigada a profundidade do problema. Sabemos que o problema da merenda (da qualidade e da falta) não é exclusividade do Cristóvão, mas diz respeito ao conjunto das escolas públicas no estado. Diversas outras ocupações estão lutando também por merenda e melhoria nesse sentido.

Como se não bastasse toda essa situação, durante a ida ao refeitório os estudantes foram abordados de uma maneira inaceitável por um professor treinador do time da escola que os ameaçou de morte caso não largassem a comida e ameaçou chamar a polícia. Casos como esses não podem ser naturalizados - a luta das ocupações no RS é em defesa da educação e os estudantes estão em seu legítimo direito de se manifestar. Não aceitaremos nenhum tipo de repressão. Querem criminalizar esses estudantes que estão lutando por melhorias na educação e não podemos aceitar.

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