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PRIVILÉGIO DE JUÍZES | Não basta todos os privilégios, juízes agora tentam furar fila e importar vacina

Justiça autorizou a Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages) a importar doses de vacinas para os juízes associados, enquanto menos de 5% dos brasileiros foram vacinados até agora.

segunda-feira 15 de março de 2021 | Edição do dia

Foto: Reprodução

De juiz para juiz

A Justiça Federal de Brasília decidiu que a Associação Nacional dos Magistrados Estaduais poderia importar vacinas contra a COVID-19 para imunização dos juízes associados. A alegação é de que eles lidam com papéis e com isso correriam riscos de contaminação.

Com essa decisão, torna-se possível que os juízes furem a fila prioritária de imunização enquanto morrem quase 2 mil pessoas por dia no Brasil, e abre um precedente para que outros setores privados também comprem vacinas, enquanto menos de 5% da população foi vacinada.

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Uma verdadeira negação do direito da população à vacina, que na prática se torna mais um privilégio para uma casta de juízes.

Privilégios para alguns, ataques para os outros

Recentemente, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul aprovou uma resolução que autoriza os juízes a receberem um “auxílio-saúde”, sendo ressarcidos pelos gastos com atendimentos médicos, odontológicos, hospitalares e psicológicos, podendo chegar a 3,5 mil reais de auxílio.

Uma afronta sem limite, quando vemos que todo o judiciário articulou com Bolsonaro e o Congresso a aprovação da PEC que congela salário e contratação de servidores públicos.

Cinicamente, afirmavam que a aprovação da PEC era necessária para votar um auxílio emergencial que, somando todos os 4 meses prometidos, não dá nem um salário mínimo.

Um punhado de juízes, que não são eleitos por ninguém e que só de auxílio ganha muito mais do que a maioria da população, quer aumentar ainda mais suas regalias, enquanto garante impunidade aos responsáveis por todo esse colapso sanitário que vivemos.




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