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TEMER E LAVA JATO | Na noite do Impeachment, Temer convidou membros da Lava Jato para jantar, diz procurador

Casos como esse deixam mais evidentes as investidas do presidente golpista na busca de influência entre os procuradores do ministério público e na própria operação Lava Jato. Temer mesmo antes de assumir a presidência já articulava relações com os responsáveis pela operação. Estas relações põem em cheque mais uma vez a suposta independência da operação Lava Jato e do Ministério Público e seus procuradores.

segunda-feira 14 de agosto de 2017 | Edição do dia

Durante evento em São Paulo nesta segunda-feira (14), o procurador da república Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou ter sido convidado no ano passado, pelo então vice-presidente Michel Temer, para uma reunião à noite no Palácio do Jaburu. A reunião estava marcada para acontecer no mesmo dia da votação do impeachement de Dilma Roussef. Lima faz parte da força tarefa responsável pela operação Lava Jato.

O procurador da república comentou sobre o caso após a repercussão do encontro noturno entre Raquel Dodge e Michel Temer na semana passada, encontro que estava fora da agenda oficial do presidente golpista. Raquel foi escolhida por Temer para suceder a Rodrigo Janot na Procuradoria Geral da Republica.

Lima comentou: "Tenho para mim que encontros fora da agenda não são ideais para nenhuma situação de um funcionário público. Nós mesmos, no dia da votação do impeachment, fomos convidados a comparecer ao Palácio do Jaburu à noite e nos recusamos, porque entendíamos que não tínhamos nada a falar com o eventual presidente do Brasil naquele momento”

O procurador ainda esclareceu que a reunião, que não ocorreu, teria sido articulada por um interlocutor de Temer e que, após a recusa, houve uma reunião com o então assessor da vice-presidência, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, acusado de corrupção no caso JBS, e os procuradores Deltan Dallagnol, coordenador da força tarefa da Lava Jato, e Roberson Pozzobon.

Casos como esse deixam mais evidentes as investidas do presidente golpista na busca de influência entre os procuradores do ministério público e na própria operação Lava Jato. Temer mesmo antes de assumir a presidência já articulava relações com os responsáveis pela operação. Estas relações põem em cheque mais uma vez a suposta independência da operação Lava Jato e do Ministério Público e seus procuradores.




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