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ENTREGA DA PETROBRAS | Na calada da noite Bolsonaro privatiza segunda maior empresa do país

Petrobras vende R$ 8,6 bi em ações da BR Distribuidora e privatiza subsidiária

quarta-feira 24 de julho de 2019 | Edição do dia

Foto: Reuters

Bolsonaro e Paulo Guedes vem cumprindo a risca seus planos privatistas para o desmonte total da Petrobras. Ontem, na calada da noite, a gigante estatal brasileira efetuou uma venda bilionária de ações da empresa BR Distribuidora, se desfazendo de 30% dos 71,25% do capital que distribuidora detinha, cedendo assim seu controle acionário.

A magnitude do ataque de Bolsonaro é a entrega da segunda maior empresa do país. A distribuidora tem uma rede de 7.703 postos de gasolina, 95 unidades operacionais e atuação em 99 aeroportos. Uma empresa que teve, só no ano passado, 3,193 bi de lucro.

O ataque é a confirmação do anúncio que já havia sido feito da abertura do mercado de gás, com a falsa promessa de que a privatização trará o barateamento do preço do botijão para os consumidores.

Leia mais: Guedes e Bolsonaro tem uma nova mentira milagrosa: privatizar gás natural destruindo meio ambiente

Trata-se de mais uma etapa do avassalador ímpeto privatista de Bolsonaro que, assim como o projeto golpista, avança sob setores estratégicos aumentando a subordinação do país ao capital estrangeiro. Após a cumplicidade do STF, que liberou a privatização das subsidiárias, já foram vendidos cerca de 90% das operações da TAG, subsidiária que opera as malhas de gasodutos do Norte e Nordeste, à francesa Engie e à canadense Caisse de dépôt et placement du Québec, por R$ 33,5 bilhões.

Também em junho, a Petrobras deu início à venda de refinarias. Serão desestatizadas 8 de suas 13 unidades, em um processo que pretende privatizar metade da capacidade nacional de refino.

Bolsonaro implementa seu projeto de desmonte total da Petrobras, enquanto a FUP, Federação Única dos Petroleiros ligada a CUT, mantém a categoria engessada. Assim como para a aprovação da reforma da previdência - ainda em primeiro turno- Bolsonaro contou com a conivência das centrais sindicais e dos governadores petistas, que se apoiaram nas mobilizações contra a reforma e os cortes na educação, para meramente negociar os "pontos mais sensíveis" e legitimar o restante do projeto, no avanço das privatizações ele se apoia na passividade da FUP que se recusa a mobilizar a categoria frente a avassaladora entrega da empresa.




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