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GREVE GERAL | Na UFMG, a campanha “Tomar a Greve Geral em nossas mãos” começou esta quinta

A campanha do Esquerda Diário junto da Faísca e do MRT chegou a dois prédios da UFMG, a FAFICH e o CAD 1, com panfletagens de manhã e à noite. Estudantes, professores e trabalhadores terceirizados estão convencidos da importância da Greve Geral.

sexta-feira 23 de junho de 2017 | Edição do dia

A primeira panfletagem aconteceu no prédio que abriga cursos como Filosofia, História e Ciências Sociais. Militantes da Juventude Faísca entregaram panfletos às pessoas que passavam abrindo um diálogo sobre a Greve Geral, alertando que ela estava marcada para daqui a duas semanas e denunciando o “corpo mole” das centrais sindicais. A segunda panfletagem ocorreu no prédio que abriga cursos da saúde e áreas ambientais. Um desses cursos é a Biologia, que tem um comitê de base agitando a Greve Geral no curso com panfletagens, debate e um “Sarau da Greve Geral”.

Além de panfletagens, os militantes da Juventude Faísca e do MRT discutiram com as pessoas as respostas políticas que devemos ter em pauta juntamente com o “Fora Temer”. A desconfiança na alternativa das Diretas Já é nítida em falas do tipo “mas vai resolver só tirar o Temer de lá?” e “nenhum presidente vai poder resolver esse tanto de problema não”. A alternativa que trazemos com a campanha, de uma assembleia constituinte imposta pela força de nossas greves, se mostra uma alternativa para quem entende que atacar os direitos da classe trabalhadora é a “regra do jogo”, independendo dos “jogadores” que governam.

Os estudantes da UFMG foram receptivos à campanha, embora muitos tenham dito “será que vai parar mesmo?” e “eu não tô ouvindo falar disso aqui dentro”. Isso mostra que, além de as centrais sindicais ainda não terem, propositalmente, entendido a diferença entre convocar e construir uma greve geral, as entidades de base e as principais correntes atuantes no movimento estudantil da UFMG, como o Levante Popular da Juventude e o PT – que foram a última gestão de DCE na universidade e agora são, juntamente com a UJS/PCdoB, direção da União Nacional dos Estudantes - pouco têm agitado a greve na universidade.

As direções burocráticas – tanto sindicais como a CUT, CTB, UGT e Força Sindical, como a UNE - que estão traindo os trabalhadores e a juventude, e desmontando a greve para “resolver” com conciliações e construir saídas meramente eleitorais, com as Diretas Já e Lula 2018. Os setores à esquerda do PT no movimento estudantil não podem se render à burocracia e deixar que esfriem e desviem a Greve Geral dos objetivos de derrotar Temer e as reformas.

É nesse cenário que os comitês de base se mostram essenciais. A biologia é um dos (senão o) únicos cursos que estão mobilizando, através de um comitê, para a greve geral. Agora o comitê MobilizaBio está panfletando um material convocando os estudantes para construir a Greve Geral e realizará hoje um debate sobre as saídas para o país na atual conjuntura, cuja mesa será composta pelo professor Helton Reis, pela estudante da biologia Pammella Teixeira, além de Kátia Sales, do PSOL-MG e Tassia Arcenio, do MRT e Esquerda Diário.




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