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ATO INTERNACIONAL - PTS | Myriam Bregman e Nico del Caño, revolucionários do PTS e FIT-U, abrem ato internacional contra racismo e violência policial

sábado 11 de julho de 2020 | Edição do dia

Myriam Bregman e Nico del Caño são parlamentares argentinos através da Frente de Esquerda dos Trabalhadores - Unidade (em espanhol, sigla FIT-U) e do PTS. Ambos são figuras revolucionárias que impulsionam uma política de independência de classe para os trabalhadores não só na Argentina, mas em todo o mundo, que se enfrente com o capitalismo degradado, particularmente agora em meio à pandemia.

Os revolucionários saudaram o ato a partir dos estúdios do La Izquierda Diario, anunciando que o evento está sendo transmitido simultaneamente nos Estados Unidos, México, Costa Rica, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Brasil, Chile, Bolívia, Uruguai, Argentina, França, Reino Unido, Estado Espanhol, Alemanha, Itália e demais países e em diferentes línguas (inglês, francês, castelhano, português, italiano e alemão).

Os apresentadores resgatam a onda de manifestações que desataram nos EUA e percorreram em todo o mundo ecoando o grito “Black Lives Matter” (vidas negras importam), sacudindo diversos países. Na Argentina, desde a Frente de Esquerda Unidade, que o PTS integra com o Partido Obrero, Izquierda Socialista e o MST, foram também parte desse movimento que percorre todo o planeta, defendendo a população negra neste país cuja história também carrega genocídio e subordinação dos povos originários e a escravidão da população negra, que havia sido trazida à força da África. Nico del Caño apontou que nós vemos em todo o mundo como se denuncia, cada vez mais forte, esse laço inseparável que une o racismo com o capitalismo.

“O racismo, promovido pelas classes dominantes, continua até os nossos dias. Em nosso país, combatemos a discriminação que sofrem os imigrantes senegaleses, bolivianos, peruanos, paraguaios e tantos e tantos outros, assim como essa tradição reacionária de chamar "cabecinhas negras" ou "negros" aqueles que vêm do interior ou integram comunidades originárias”, apontou Myriam Bregman.

Os apresentadores apontam que esse ato também tem como bandeira o repúdio à violência policial e as forças de segurança do Estado. "I can’t breathe” (Não consigo respirar). Esse grito que percorreu o mundo em memória de George Floyd debaixo do joelho do policial Derek Chauvin, se repete em muitos países.

“A polícia está envolvida, todos os dias, em numerosos crises como o recente desaparecimento de Luis Espinoza”, lembrou Del Caño do desaparecimento acontecido em plena província governada pelo peronismo de Alberto Fernández. “O que é conhecido como ‘auto de resistência’ segue arrancando as vidas de jovens”, continuou, relembrando também Adama Traoré (França), Facundo Castro, (Argentina) e Walter Nadal (Argentina), todos vítimas da violência policial.

Os apresentadores ainda deram destaque ao avanço brutal dos casos de coronavírus que atinge especialmente o povo pobre, trabalhador e da linha de frente, como da saúde, do transporte, das fábricas e dos comércios. Tudo isso enquanto os governos seguem pagando e renegociando a dívida externa, absolutamente ilegítima, ilegal e fraudulenta que tanto temos denunciado, ao mesmo tempo, ao mesmo tempo que, tanto na Argentina quanto no Brasil, estes mesmos governos seguem favorecendo banqueiros e grandes empresários.

“Por isso, esse ato também está chamado para dizer que a duríssima crise econômica que está se desenvolvendo com mais fome, pobreza, com mais demissões, desemprego, reduções salariais, precarização do trabalho, deve ser paga pelos bancos, as grandes empresas, os capitalistas, não o povo trabalhador. Que devemos enfrentar e cortar os mecanismos de endividamento aos quais nos submete o imperialismo e o capital financeiro”, apontou Bregman.

Por último, os revolucionários reafirmaram no ato seu rechaço à nova ofensiva de Trump e do Estado de Israel contra o povo palestino, com seu plano de anexação da Cisjordânia.

Assim começa o Ato Internacional Simultâneo contra o racismo e a violência policial. Siga acompanhando a nossa cobertura do Esquerda Diário;

Assista a abertura do ato internacional simultâneo contra o racismo e a violência policial:

Assista na íntegra:




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