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SISTEMA CARCERÁRIO | Mulheres presas no Brasil sobe 700% em 16 anos e atinge números alarmantes

sexta-feira 1º de setembro de 2017 | Edição do dia

Brasil está na quinta posição mundial de mulheres presas. Em 2000 o número havia 5,6 mil mulheres presas no Brasil, em 2016 esse número salta para 44,7 mil. Os dados correspondem ao último mês de dezembro e foram enviados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

As informações sobre a população carcerária feminina foram solicitadas pelo ministro Ricardo Lewandowski ao analisar o Habeas Corpus (HC) 143.641, que pede pela concessão de prisão domiciliar a todas as mulheres grávidas ou que são mães de crianças com menos de 12 anos de idade e que se encontram presas preventivamente.

Cerca de 60% das mulheres presas são fruto do tráfico de drogas. Contudo, segundo o próprio órgão que analisou os dados “essas mulheres não possuem vinculação com grandes redes de organizações criminosa, tampouco ocupam posições de gerência ou alto nível”. Na verdade, essas mulheres são presas pois a "guerra as drogas" significa na verdade uma "guerra aos pobres". A lei de droga foi aprovada em 2006 durante o governo do PT, e é um dos fatores que permite que as mulheres, em sua maioria negras, sejam encarceradas em massa.

Dessas presas, 80% são mães e responsáveis principais pelos filhos. Várias dessas mães são levadas à cadeia por prisão preventiva, sem que consigam sair da prisão. Muitas crianças acabam nascendo nas prisões em condições de calamidade, já enfrentadas pelas mães sem esperança de sair dali. Dados mostram que 40% dos presos hoje no Brasil, estão sem julgamento há mais de 5 anos.

O mesmo judiciário que não julga como crime quando um homem ejacula em outra mulher dentro de um ônibus, prende, humilha e mata as mulheres dentro das cadeias. Fruto da "guerra às drogas", que é uma guerra aos pobres, sobretudo mulheres negras e pobres, encarcera mães com seus filhos, enquanto mantém políticos corruptos em celas especiais ou prisão domiciliar garantindo seus privilégios, o que mostra bem a cara racista do nosso judiciário e de nossa polícia.




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