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MOURÃO MINIMIZA COVID-19 | Mourão minimiza 149 mil mortos no Brasil: “está tudo ok”

Hamilton Mourão, em entrevista ao DW, elogiou o torturador Brilhante Ustra, diminuiu as queimadas na Amazônia e a forma como lidou com o coronavírus. Segundo ele, o “Brasil lidou muito bem com a pandemia”.

sexta-feira 9 de outubro de 2020 | Edição do dia

Imagem: UOL

Mourão, colecionador de frases horrendas, invariavelmente reveladoras de sua visão de mundo estruturalmente elitista e anti-operária, colocou mais algumas para o seu hall pessoal de absurdidades. O vice presidente já falou que o Brasil deveria adotar uma constituinte composta por “notáveis”, destilou seu ódio contra os negros (em mais de uma oportunidade) e não é a primeira vez que defende Brilhante Ustra.

A defesa de Mourão ao governo no combate a pandemia é de alguém que simplesmente tapa os olhos para a realidade: "Já curamos mais de 4 milhões de pessoas aqui no Brasil. Portanto, acho que, apesar desse número de casos e de mortes, lidamos muito bem com essa crise pandêmica." O mesmo artificio de buscar um número favorável para combater outro, imensamente desfavorável ao governo foi utilizado por Mourão em relação as queimadas da Amazônia, quando revirou dados no INPE para encobrir sua própria conivência na queima da Floresta. A época, militares só haviam utilizaram 1% de verba prevista contra o desmatamento.

A cegueira de Mourão vem pois é diretamente responsável pela condução desastrosa na pandemia, na economia do país, nas queimadas da Amazônia. É uma visão interessada, de quem quer preservar os militares, ao mesmo tempo, protegendo Bolsonaro e a aliança do executivo, legislativo e judiciário unificados para atacar aos trabalhadores:

“nosso governo está conduzindo bem o país e até hoje as coisas estão melhorando, e a relação entre os diferentes poderes está cada vez melhor.”

São declarações de quem olha o mundo do ponto de vista dos capitalistas e dos poderosos. Para eles, está sim “ok” e as relações entre os poderes “cada vez melhor”, mas do lado dos trabalhadores, a crise é forte, as taxas de desemprego elevadíssimas e a pandemia gerou fortes perdas.

Ainda por cima, a divisão entre os de cima deu lugar a uma unificação ao redor de uma pauta contra os trabalhadores e o povo pobre, como se vê na reforma administrativa, que precarizará o trabalho de milhões de brasileiros.

Sempre se tratou de uma política equivocada a confiança em um dos bandos do dividido regime político brasileiro, como na declaração de Flavio Dino de que Brasil estará melhor com Mourão, apoiador da ditadura, na presidência. A esquerda confiou suas forças no vice quando levantou o impeachment e este retrucou com uma postura ainda mais asquerosa e reacionária. É preciso combater o regime de conjunto e por isso nós do Esquerda Diário e MRT viemos levantando a necessidade de uma constituinte livre e soberana imposta pela luta.




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