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Aumento no diesel | Motoristas de diversos países da Europa protestam contra o aumento do preço do diesel

A greve na Espanha dura 11 dias, já com a adesão de três sindicatos. Protestos e bloqueios foram realizados na Alemanha, França, Itália e Portugal. Os governos dos países prometem reduções e subsídios para diminuir o valor do diesel, impactado pela Guerra na Ucrânia..

sexta-feira 25 de março de 2022 | Edição do dia

Imagem: AFP/Ander Gillenea

Motoristas na Espanha, França e Alemanha vem realizando manifestações e greves contra o aumento do diesel, decorrente da guerra na Ucrânia, já que o continente tem forte dependência no petróleo e no gás natural da Rússia. Na última quinta feira o barril já estava sendo comercializado a UR$119,03.

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    A greve na Espanha foi convocada 14 de março pela Plataforma de Defesa do Setor do Transporte Rodoviário Nacional e Internacional de Mercadorias, que representa pequenas e médias empresas de transporte. No dia 22, 3 sindicatos se juntaram à paralisação.

    Nos mercados há falta de produtos como leite, frutas e perecíveis: não há desabastecimento generalizado, mas pode haver caso a greve continue por muito mais tempo.

    Os motoristas rejeitaram o pacote de ajuda de € 500 milhões do governo, considerando o plano vago e insuficiente para compensar o aumento do preço. A Plataforma também pede a proibição de contratação de serviços abaixo de custos operacionais.

    O governo fechou acordo com a Comissão Nacional dos Transportes para subsidiar € 0,20 do litro do diesel até 30 de junho, mas a Plataforma ficou insatisfeita por não ter participado das negociações e disse que não revogará a greve, convocando manifestações em Madri nesta sexta feira.

    Diversos países encaram protestos e manifestações contra a guerra e contra o aumento dos preços, como a Albânia e o Iraque.

    Na Alemanha, caminhoneiros realizaram protesto em Hamburgo, no dia 19. Segundo o fórum que auxilia empresas de transporte, associações do setor avaliam novas manifestações e afirma que os caminhoneiros não aguentam mais o preço dos combustíveis.

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    No dia 21, caminhoneiros realizaram bloqueios na Normandia, na França, na região do Canal da Mancha. No dia 14, motoristas de caminhão e proprietários e tripulações de barcos de pesca fizeram protesto na Itália, bloqueando o acesso ao porto de Cagliari, uma das principais portas de entrada de mercadorias na ilha da Sardenha.

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    Os governos dos países da Europa já anunciam subsídios e medidas para reduzir o preço do diesel.

    Itália anunciou que reduziria o preço da gasolina e do diesel em € 0,25 por litro até o final de abril, a França prometeu redução de € 0,15 por litro por 4 meses a partir de abril e a Alemanha considera a criação de um desconto de € 0,2 por litro. O Reino Unido anunciou a redução de 8,6% no imposto sobre a gasolina.

    Países como Suécia, Bélgica, Irlanda, Holanda e Chipre cortaram temporariamente impostos sobre os combustíveis. A Grécia criou subsídio para os motoristas de táxis e a República Tcheca decidiu eliminar o imposto rodoviário de circulação e suspender a obrigatoriedade de incorporar componentes renováveis aos combustíveis. Portugal está aguardando a decisão europeia sobre o IVA, mas ampliou o valor mensal do programa AUTOvoucher de € 5 para € 20, dando desconto de € 0,10 por litro para os motoristas aderentes.

    Veja também: Ucrânia: O desafio de uma política anti-imperialista independente
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