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IRÃ | “Morte ao ditador”, Irã tem 2º dia de protesto contra líderes do país

No domingo pelo segundo dia consecutivo manifestantes saíram às ruas no Irã para protestar contra a derrubada de um avião de passageiros, que foi admitida pelo governo iraniano como um "erro humano".

segunda-feira 13 de janeiro de 2020 | Edição do dia

A massiva unidade nacional que foi expressa no Irã após a agressão imperialista pelos EUA, com o assassinato do general Soleimani, parece ter se rompido. Protestos se espalharam ao redor do país pelo segundo dia neste domingo, aumentando a pressão sobre os líderes do país, depois que as forças militares admitiram que derrubaram por engano um avião ucraniano no momento em que Teerã temia ataques aéreos dos Estados Unidos.

No sábado, a polícia lançou gás lacrimogêneo em milhares de manifestantes na capital, onde muitos cantaram “Morte ao ditador”, direcionando a raiva ao líder supremo da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei.

“Eles estão mentindo que o nosso inimigo é a América, nosso inimigo está aqui”, gritava um grupo de manifestantes do lado de fora de uma universidade em Teerã, segundo vídeos publicados no Twitter.

Se Trump arquitetou a agressão imperialista para canalizar eleitoralmente uma vitória contra o "terrorismo", no Irã o sentimento de ódio anti-imperialista e desejo de vingança propiciou um ponto de apoio ao regime que vinha contestado pela crise econômica e a agenda de ajustes, como a alta do combustível que desencadeou uma série de protestos em novembro. No ano passado, o regime iraniano já havia lançado uma sangrenta repressão aos protestos, com a morte de centenas de manifestantes.

De forma cínica, o presidente dos EUA, Donald Trump tuitou: “Aos líderes do Irã - não matem seus manifestantes. Milhares já foram mortos ou presos por vocês, e o mundo está observando”. Isso vindo do mesmo líder reacionário que quase precipitou uma guerra entre as nações a revelia de qualquer respaldo internacional, só em base ao despotismo imperialista estadunidense.

Aqui no Esquerda Diário, apoiamos o pleno direito de defesa do Irã frente a abominável agressão imperialista estadunidense, porém, sem nunca apoiar o regime teocrático iraniano que sufoca sua população. Cabe aos trabalhadores o direito de cortar a cabeça de seus carrascos, tanto os externos quanto os internos.




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