quinta-feira 31 de março de 2016 | Edição do dia
Foto: Criança síria refugiada em Idomeni, Grécia, EFE-Georgi Licovski
O fogo se propagou na madrugada de hoje no acampamento e deixou feridas seis pessoas, além de causar a morte de três menores que tinham entre três e oito anos. Os feridos foram levados ao hospital público de Derik, no nordeste de Mardin, onde está o acampamento gerido por Afad, a autoridade pública de emergências e resgates da Turquia.
Não ficou clara ainda a origem do incêndio, mas na sexta-feira passada um curto-circuito elétrico no mesmo lugar causou fogo e deixou 21 tendas reduzidas a cinzas, sem que houvesse, nesse caso, vítimas.
O acampamento de Derik tem capacidade para acolher em torno de 22 mil refugiados, mas atualmente apenas 9 mil sírios vivem ali.
Dos mais de dois milhões de sírios que vivem na Turquia, 272 mil vivem em 26 acampamentos oficiais geridos pelas autoridades, segundo dados de Afad da semana passada.
Embora não recebam o status oficial de refugiados, Ankara considera os sírios "hóspedes", com direito a permanecer de forma indefinida e com acesso gratuito aos serviços básicos da sanidade pública.
Entretanto, a quantidade de refugiados sírios que trabalha de forma ilegal chega a 400 mil, segundo organizações como Humans Right Watch. As condições de vida dos refugiados sírios na Turquia são deploráveis, com um alto grau de precariedade e exploração do trabalho, inclusive de menores.
Para aprofundar a leitura: Exploração e precariedade: assim vivem os refugiados sírios na Turquia
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