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IMIGRAÇÃO | Morre segunda criança imigrante sob custódia americana nos EUA

A morte de Félix Gómez Alonzo vem 3 semanas depois que Jakelin Caal Maquin, uma menina de 7 anos da Gautemala, também morreu sob custódia americana.

domingo 30 de dezembro de 2018 | Edição do dia

As autoridades americanas responsáveis sob a imigração declararam na terça feira, dia 25, que Félix Gómez Alonzo, um menino de 8 anos de idade da Guatemala, morreu em custódia da guarda da fronteira (Border control), se tornando a segunda criança que morre em dezembro sob as mesmas circunstancias.

O garoto foi preso com seu pai em 18 de dezembro. De acordo com a imprensa, ele foi levado para o hospital no feriado de natal, no dia 24, depois de mostrar “sinais de uma possível doença”, e então foi liberado com receita para Ibuprofeno e antibiótico.

O menino retornou ao hospital horas mais tarde após os sintomas se tornarem mais severos. Félix morreu depois da meia noite. Até agora, nenhuma nova informação sobre o caso foi liberada.

A morte de Félix ocorre algumas semanas depois da morte de Jakelin Caal, de 7 anos, também da Guatemala, na custódia da guarda da fronteira. Ela e o pai dela eram parte de um grupo de 161 exilados que chegaram até a fronteira entre os EUA e o México. Os agentes somente levaram a menina ao hospital depois que o corpo dela atingiu 40,9 graus de febre.

Tudo isso se deu enquanto existem dezenas de migrantes centro-americanos da caravana migrante que estão aguardando para entrar nos EUA. A maioria deles vem de Honduras, um país que sofre as consequências de décadas de intervenção econômica, política e militar dos Estados Unidos. Esses migrantes estão fugindo da violência de gangues, do estado e de forças paramilitares, assim como do crescimento da pobreza e da falta de empregos.

A administração Trump só tem aumentado a repressão de sua polícia xenofóbica nos últimos meses. O presidente americano anunciou sua intenção de gastar $5 bilhões de dólares para colocar de pé e aumentar o que já existe de um muro entre o México e os EUA.

Trump já fechou parcialmente o governo, afetando aproximadamente 800 mil trabalhadores do governo federal americano, para colocar a frente a construção do muro. Embora os Democratas agora se recusem a aprovar um orçamento extra para o muro, a administração anterior teve e continua a ter responsabilidade pela situação atual. Por anos durante o Governo Obama, as forças de segurança na fronteira com o México foram reforçadas, o número de presos cresceu e as forças da Agencia de Imigração e Alfandega (responsável por monitorar as fronteiras) se expandiram.

É importante multiplicar vozes contra esses crimes, lutar para que todos os direitos estejam garantidos para os imigrantes e pela abertura das fronteiras entre os EUA e o México.




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