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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA | Moro nomeia general responsável por operações racistas para Segurança Pública

O juiz Sergio Moro, futuro superministro da Justiça de Bolsonaro, designou para o comando da Secretaria de Segurança Pública do seu ministério um general gabaritado em operações que massacraram o povo negro dentro e fora do país.

quarta-feira 21 de novembro de 2018 | Edição do dia

General Carlos Alberto dos Santos Cruz foi o nome escolhido por Moro nessa quarta-feira para assumir a Secretaria de Segurança Pública. Responsável por pensar políticas de segurança pública junto aos estados tem um currículo de especialista em mortes de negros e pobres.

Essa especialidade, portanto, deverá ser o foco das medidas ditas de segurança, que não mudará uma vírgula da sangrenta guerra às drogas. O general é mais um nome militar ocupando cargos civis no governo Bolsonaro, que dá nova qualidade ao peso das Forças Armadas nas instituições políticas do regime.

O General comandou missões internacionais, como a “missão de paz” no Haiti nos anos de 2007 a 2009, durante os governos Lula, que resultou não mais que relatórios com uma série de estupros, assassinatos e outras barbaridades contra a população desse país, o primeiro a se rebelar contra a escravidão.

Não foi diferente em outra missão que comandou, dessa vez na República Democrática do Congo, de 2013 a 2015, nos governos Dilma. Um comandante que foi próximo dos governos do PT, expressão de como esses governos fortaleceram os aparatos militares, enviando tropas para massacrar o povo negro nesses países, para alçar posições no Conselho de Segurança da imperialista ONU, e fortalecer o braço repressivo no país.

Sua passagem pela política, no entanto, começou pelo governo Temer, quando assumiu a secretaria de segurança pública no no primeiro semestre de 2017 até junho deste ano, onde foi responsável nada em dar suporte a intervenção federal no Rio de Janeiro. Sabemos que essa intervenção não mudou completamente nada a situação da violência e do crime no estado, como gerou todo tipo de violações, tais como o Exército aprendeu no Haiti, desde invasões das casas dos moradores, assassinatos de inocentes, inclusive relatos de estupros.

Essa é a figura que Moro achou convincente estar no seu gabinete, um homem por trás de todas essas operações racistas e desumanas, que não resolveram em nada as questões de segurança pública. Um homem que acredita que o problema da segurança é de “falta de autoridade” do poder público. Se pretende trazer mais autoridade junto a Sergio Moro, significará manter a política de guerra as drogas nos morros e nas fronteiras, reprimindo e assassinando negros e o povo trabalhador, mantendo os lucros extraordinários do tráfico, cujos principais chefes estão salvos dos olhos de Moro e do chumbo da polícia e dos militares.




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