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DESIGUALDADE | Miséria: Mais pobres e menos escolarizados são os que mais morrem por covid no Brasil

Dados do mercado de trabalho durante a pandemia da Covid-19 mostram que a população mais rica e escolarizada no Brasil puderam se proteger bem mais que a população de baixa renda e pouca escolarização.

quarta-feira 21 de abril de 2021 | Edição do dia

Marcello Casal/ Agência Brasil

Segundo dados da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) elaborados pela FGV Social, 28% dos membros da classe A/B (renda domiciliar superior a R$ 8.303) puderam alterar o local de trabalho durante a pandemia. Na classe D/E (renda até R$ 1.926), apenas cerca de 7,5% tiveram essa opção. Na classe C (que tem renda entre R$ 1.926 e R$ 8.303), somente 10,3% fizeram isso.

A diferença entre os que puderam ficar mais ou menos protegidos é semelhante quando se leva em conta a escolaridade: 34% dos que têm ensino superior alteraram o local de trabalho. A taxa cai para 8% entre os com ensino médio completo e a 6,6% entre os que têm apenas o fundamental.

Além disso, essa desigualdade em relação à pandemia aumenta quando os mais pobres que ano passado eram assistidos pelos risórios R$ 600 de auxílio emergencial, este ano de 2021se encontram em uma situação ainda pior com a redução do valor das parcelas, agora localizadas entre R$ 175 a R$ 375. Demonstrando a política de gestão do presidente Bolsonaro, que a população abaixo da linha da pobreza triplica na pandemia e atinge 12,8% dos brasileiros enquanto os ricos ficam mais ricos.

Sobre o assunto: Brasil tem novos bilionários, mas maioria dos assistidos pelo auxílio vão receber só R$150




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