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INTERNACIONAL | Ministro do Interior italiano disse que pode haver eleições antecipadas

As declarações já são de conhecimento público desde que o ministro se reuniu com Renzi. Os partidos da oposição pressionam para que se convoquem eleições antecipadas, após a crise política do governo.

quarta-feira 7 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Itália poderá ir às urnas novamente em fevereiro, disse essa terça-feira um importante membro do gabinete do derrotado primeiro ministro Matteo Renzi. “Prevejo que haverá a vontade de que se convoquem eleições para fevereiro”, disse ao diário Corriere della Sera o ministro do interior, Angelino Alfano, chefe de um pequeno partido centro-direita que é parte da coalizão de governo de Renzi.

A afirmação de Alfano veio após discutir o assunto com Renzi, que segue sendo o líder do Partido Democrático (PD) de centro-direita, que tem o maior número de parlamentares, o que torna improvável que se forme um novo governo sem seu apoio.

Antes do referendo, a maioria dos analistas políticos e os mercados financeiros assumiam que, inclusive se Renzi perdesse e renunciasse, seria nomeado um governo temporal não eleito para conduzir a Itália até o fim da legislatura em 2018.

Mas a crise que significou a derrota frente ao referendum e a crescente pressão dos dois principais partidos opositores, o Movimento 5 Estrelas e a direitista Liga Norte, mudaram o cenário político italiano.

A rápida convocação de eleições parece ser a única forma de evitar uma prolongada crise política na Itália após o rechaço no domingo num referendo do projeto de reformas constitucionais de Renzi.

Depois do anúncio de que renunciaria logo após a derrota, o presidente, Sergio Mattarella, pediu a Renzi que permaneça até que o Parlamento aprove o pressuposto de 2017. O Senado da Itália anunciou que votará amanhã os Pressupostos para 2017, o que permitiria ao primeiro ministro, Matteo Renzi, tornar efetiva sua renúncia após o chefe do Estado o incitar a continuar até sua aprovação definitiva.

O Governo, como em ocasiões anteriores, submeterá a votação dos Pressupostos Gerais de 2017 no Senado como uma questão de confiança, o que acelera sua aprovação pois impede o debate parlamentar e a discussão de emendas.
Os dirigentes máximos do PD se reunirão hoje para discutir a derrota no referendo. É provável que então se conheçam as intenções de Renzi, assim como se sua formação tem vontade de prosseguir lhe dando respaldo.

Tradução: Yuri Marcolino




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