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LEI SECA? | Ministro de Temer quer restringir o álcool e proibir o debate sobre as drogas

segunda-feira 6 de junho de 2016 | Edição do dia

Indo na contramão de diversos países pelo mundo, Osmar Terra, em entrevista publicada nesta segunda-feira no Estadão, defendeu "toda restrição que puder” ao uso de álcool e afirmou que demitirá funcionários da pasta que sejam a favor até mesmo do debate sobre a legalização das drogas, o que na prática pode significar a proibição deste debate.

Em mais uma demonstração de seu caráter reacionário e antidemocrático o governo de Temer, que já chamou estuprador para discutir educação e escolheu uma evangélica que é contra o aborto até em caso de estupro para dirigir a Secretaria de Políticas para as Mulheres, agora quer implementar essa medida restritiva contra o álcool e proibir até mesmo o debate sobre a legalização das drogas, para criminalizar ainda mais o jovens, pobres e negros da periferia.

Terra afirmou ainda que o governo Dilma Rouseff foi omisso sobre o assunto e que, por isso, hoje existe uma epidemia em todo Brasil em relação as drogas e ao álcool. Esse discurso de epidemia busca legitimar que a repressão ao povo pobre e negro das periferias, em nome da "guerra contra às drogas", seja ainda mais dura e violenta do que foi no governo anterior do PT, já que sobe os morros com os braços armados do estado, as polícias, deixando um rastro de sangue.

Limitar a liberdade do individuo em decidir pelo uso ou não dessas substancias só beneficia os grandes cartéis e monopólios das drogas, além de garantir ao estado o encarceramento da juventude e a morte de muitos.
Exatamente por esses motivos, na Argentina a deputada Myriam Bregman e o ex candidato a presidência Nicolás Del Cano, os dois do PTS (organização irmã do MRT no Brasil) apresentaram um projeto de lei que legaliza o uso e o cultivo da maconha no país.

Enquanto isso no governo golpista até mesmo o debate sobre o assunto pode ser proibido.

A produção dessas substancias e do álcool deve ser responsabilidade do estado e sob controle dos trabalhadores, para que seu uso esteja relacionado as decisões de cada um e não para beneficiar o narcotráfico mundial e donos de empresas privadas que possam surgir.




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