O novo ministro de Bolsonaro reafirma seu compromisso com a privatização e o ataque à soberania nacional.
quinta-feira 3 de janeiro de 2019 | Edição do dia
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Durante a cerimônia de transmissão de cargo do Ministério de Minas e Energia, o ministro, Almirante Bento Albuquerque, afirmou que dará continuidade ao processo de privatização da Eletrobras.
O projeto de privatização, que diminui de 60% para 40% a participação da União na empresa, foi enviado pelo ex-presidente Michel Temer ao Congresso Nacional, mas ainda segue em tramitação, pois não foi aprovado nem na Câmara, nem no Senado.
Dentre as futuras medidas, o ministro afirmou dar continuidade ao trabalho em Angra dos Reis, que estão parados há três anos, no setor nuclear, e que esta será uma prioridade em sua gestão. Nas áreas de petróleo e gás, afirmou que promoverá maior competitividade entre as empresas e investidores, com consequente maior exploração do Pré- Sal.
A Eletrobras, a maior empresa de geração, transmissão e distribuição do setor elétrico da América Latina, que já passa, desde a década de 1990, pelo processo de privatização por meio da participação do setor privado, está a ser aberta cada vez mais ao capital internacional, o que nada tem a baratear os custos para a população.
As privatizações e a suposta regulação do mercado dos preços aos consumidores não favorecem os trabalhadores, e sim aos capitalistas que, exploram as riquezas do país e controlam o processo. Assim, faz-se necessária a luta por não privatizações, por empresas 100% estatais, sob o controle dos trabalhadores.