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SAÚDE PÚBLICA | Ministro da Saúde vê hospitais em excesso enquanto população morre nas filas

Durante sua participação em fórum da Revista Exame, Ricardo Barros, atual Ministro da Saúde, diz que reduzir o número de hospitais "ajudaria a melhorar o serviço no país". Em fala sugeriu reduzir as 7500 unidades que existem atualmente para apenas 1500 unidades.

sexta-feira 22 de setembro de 2017 | Edição do dia

O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, parece morar em qualquer país do mundo que não seja o Brasil. Em mais uma de suas polêmicas declarações dessa vez o ministro afirma que reduzindo o numero de hospitais do país de 7500 unidades para apenas 1500 poderia ajudar a melhorar o serviço no país.

Com um nível de hipocrisia que chega ao cúmulo do absurdo, o ministro afirma que o que falta na saúde publica não é dinheiro, mas sim “gestão”. Enquanto milhares de trabalhadores esperam meses por um exame e morrem nas filas dos hospitais todos os dias, Barros vê a questão da saúde como uma questão moral: “Enquanto nós não tivermos segurança de que todo o dinheiro está bem aplicado, não teremos moral de pedir mais recurso para a saúde”.

Quando questionado sobre as imensas filas nos hospitais, uma vez que afirma que a estrutura existente no país é mais que suficiente, o ministro responde evasivamente dizendo que a questão é “otimizar as estruturas disponíveis no sistema de saúde pública” como se o grande problema da saúde fosse porque “Um terço das unidades de terapia intensiva é ocupada por pessoas sob cuidados paliativos” como se uma simples reorganização mais “otimizada” e “eficiente” pudesse resolver o problema.

O que o ministro se esquece é que para além de suas fantasias existe a realidade – que é duramente vivida por cada trabalhador pobre e precarizado que precisa utilizar o sistema publica de saúde. O que o ministro não fala é que não existe melhora e milagre na saúde com os crescentes cortes de verbas e com a aprovação da PEC do Corte de gastos que significou o congelamento do investimento, já insuficiente, para a saúde e educação.

Mas por outro lado vemos que diante de politicas como essa haverá resistência dos trabalhadores e da população que não acreditam que fechar hospital e privatizar o serviço seja a solução, assim como vemos em Santo André, onde o prefeito esta crise após fechar cerca de 7 unidades de saúde de uma única vez que significa cerca de 20% de todo atendimento da saúde da cidade.

Nesse sentido a saída para a crise da saúde no país passa pela reabertura imediata de todos os postos de saúde que foram fechados! Por um plano de saúde organizado por trabalhadores da saúde e usuários! Revogação da PEC 241 do Congelamento de investimento na saúde e educação! Pelo não ao pagamento da dívida pública para investir na saúde! Pela readmissão de todos os funcionários da saúde demitidos!




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