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POLÍTICA | ’Ministério Silvio Santos’ é a nova oferta no leilão de cargos do governo Bolsonaro

quinta-feira 11 de junho de 2020 | Edição do dia

Em mais uma ação de troca-troca de cargos por apoio entre o governo Bolsonaro e o centrão, até recriação de Ministério está valendo. Eleito dizendo que ia cortar a quantidade de cargos no governo, Bolsonaro recriou o Ministério da Comunicação para dar ao genro de Sílvio Santos, o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN).

Bolsonaro deu mais uma desculpa esfarrapada que só mesmo seus eleitores fanáticos acreditariam: "Vamos ter alguém que, ele não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que ele tem junto à família do Silvio Santos. A intenção é essa, é utilizar e botar o ministério para funcionar nessa área que estamos devendo há muito tempo uma melhor informação"

A confusão entre uma justificativa "técnica" e uma justificação do nome pela relação familiar – por ser genro do Sílvio Santos, o deputado serviria para a comunicação – tem tudo a ver com o governo Bolsonaro, que meteu a família inteira na política, inclusive ocupando diversos cargos por indicação e não tem vergonha de assumir a velha prática do nepotismo.

Sílvio Santos possui o único canal televisivo do Brasil que não investe em jornalismo em plena pandemia, este deve ser o principal critério de escolha do presidente que, cuja máxima, é mudar as estatísticas das mortes através da manipulação direta destas estatísticas. Quanto mais pessoas assistindo "quem quer dinheiro?" em invés do noticiário (mesmo o mais manipulado que seja), melhor.

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O "Ministério Silvio Santos" é mais uma de Bolsonaro garantindo uma base de apoio para governar junto ao centrão, no congresso nacional comandado por Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre que brincam de opositores quando lhes convém mas, no fundo estão unidos com Bolsonaro quando é para atacar direitos trabalhistas, impedir que haja auxílio aos trabalhadores, entravar o combate à pandemia através do favorecimento de uma legislação que permite a governadores comprar equipamentos superfaturados e não prestar nenhuma conta ao povo que precisa do socorro.

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