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CORONAVÍRUS E PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE | Milhares de pessoas tomaram as ruas no Estado Espanhol em defesa da saúde pública

Neste sábado 20 de julho, milhares de pessoas se mobilizaram nas principais cidades de todo o Estado contra a privatização dos serviços de saúde e em defesa da saúde pública respondendo a convocatória da Coordenadoria Antiprivatização da Saúde (CAS) a qual se somou o Plano de Choque Social em várias cidades.

segunda-feira 22 de junho de 2020 | Edição do dia

Quarenta localidades de todo Estado foram chamadas a mobilizar-se para proteger a saúde pública e seus trabalhadores dos interesses privados. As principais demandas são a revogação da lei 15/97, que permite a entrada de empresas privadas no Sistema Nacional de Saúde (SNS) e a habilitação de formas de gestão privada do serviço público, assim como a revogação do artigo 90 da Lei Geral de Saúde, que permite parcerias com empresas.

Desde as CAS denunciam que "a crise do coronavírus desnudou a situação do sistema de saúde no Estado Espanhol depois de anos de privatização e cortes" o que provocou a saturação dos serviços de saúde nos últimos meses. Por isso, chamam a sair às ruas e reverter as privatizações: "Perdemos a vida nisso".

já desde a manhã começavam as primeiras concentrações frente aos centros de saúde ou nas praças centrais de distintas localidades.

O centro de Zaragoza se encheu de cantos em defesa da saúde pública.

Centenas de pessoas se concentravam em frente à Bolsa em Barcelona.

Milhares de pessoas em Madri marcharam desde Atocha até o Hospital Niño Jesús, um dos centros de saúde que se encontra em luta frente a um novo processo de privatização.

Fizeram parte das mobilizações coletivos em defesa do público, moradores de bairros, migrantes, organizações sociais e políticas, cumprindo as medidas de segurança, porém rompendo o silêncio ea desmobilização imposta desde as instituições, tomando as ruas para deixar claro que nossas vidas estão acima dos interesses privados que fazem negócios com a nossa saúde.

Os médicos internos residentes também se somaram à mobilização de Madrid e chamaram à greve que está prevista para julho para denunciar a enorme precariedade a que estão submetidos e melhores condições e mais segurança para desempenhar seu trabalho.

Desde a CRT (organização irmão do MRT na Espanha) também participamos nas mobilizações exigindo a revogação da lei 15/97 em defesa da saúde pública e por uma série de medidas de emergência diante da crise que vivemos e para prevenir um novo colapso sanitário, como a nacionalização da saúde privada e das farmacêuticas sob controle de seus trabalhadores. "temos visto durante a pandemia como a saúde pública foi desmontada depois de anos de saqueio" afirmava Lucía Nistal, da CRT, na manifestação de Madri. "Não é o momento de seguir privatizando a saúde pública, é o momento de reforçar a saúde pública e nacionalizar a privada sob controle de seus trabalhadores, que são os que conhecem o que é necessário para fazer seu trabalho em condições dignas e seguras e seguir salvando nossas vidas",




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