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Continuam as greves | Milhares de maquinistas paralisarão os trens no Reino Unido

Os maquinistas ferroviários nucleados no sindicato ASLEF votaram por ampla maioria realizar paralisações por aumento de salários. Fazem parte de oito empresas operadoras da rede ferroviária. Somam-se trabalhadoras e trabalhadores que operam as salas de controle, a sinalização e a energia da empresa Network Rail, filiados na TSSA.

quarta-feira 13 de julho de 2022 | Edição do dia

Em meio aos escândalos que resultaram na renúncia do primeiro ministro Boris Johnson, colocando em evidência a crise do imperialismo britânico, novamente os trabalhadores ferroviários expressam sua disposição de luta para recuperar seus salários desvalorizados.

Mais de 90% dos votos dos filiados ao sindicato de maquinistas (ASLEF) foram a favor de ir à greve neste mês de julho, no verão boreal (com uma participação de aproximadamente 93%), que pertencem a oito empresas: Chiltern, Great Western Railway, London North Eastern Railway, London Overground, Northern, Southeastern, TransPennune Express e West Midlands. Aproximadamente 21 mi trabalhadoras e trabalhadores.

Os meios de comunicação ingleses falam que esta ação, somada à decisão de parar dos sinalizadores, engenheiros e administrativas(os) da Network Rial, seria tão perturbador quanto a greve histórica que protagonizaram em junho os 40 mil trabalhadores do Sindicato Nacional de Trabalhadores Ferroviários, Marítimos e do Transporte (RMT, na sigla em inglês de "Rail, Maritime and Transport").

Estes ferroviários não recebem aumento salarial desde 2019. As empresas oferecem um mísero aumento de 2%, sendo que em junho a inflação foi de 11%. O secretário geral da ASLEF, Mick Whelan, declarou que "não queremos incomodar os passageiros, nossos amigos e familiares também usam o transporte público, e não queremos perder dinheiro com a greve, porém as empresas nos obrigam a tomar essa posições. O governo está restringindo o que os operadores podem oferecer, porém logo se negam a se envolver na negociação. Parece que eles não têm interesse em encontrar uma solução".

Entretanto, a direção deste sindicato, filiada ao Partido trabalhista - com Whalan à cabeça - definiu que as paralisações não serão realizadas simultaneamente nas oito operadoras ferroviárias, e sim em dias distintos (o que claramente da um fôlego aos patrões e ao governo que está de saída de Johnson - que continuará no cargo até setembro, quando os conservadores elegerão outro líder partidário) e tampouco convocarão a outros sindicatos, porém será em dias consecutivos. Porém a grave situação dos baixos salários, a alta inflacionária e a ameaça de demissões em várias empresas que vai aumentando o mal-estar dos trabalhadores, o obrigou a explicar que "porém em algum momento poderíamos nos unir", em alusão a essas paralisações descoordenadas que prepara.

Também o pessoal dos correios do Sindicato de Trabalhadores da Comunicação realizou uma paralisação de 24 horas pelo pagamento de salário nesta última segunda-feira. É a primeira de uma série de ações planejadas este mês pelos trabalhadores dos correios. Cerca de metade das 114 agências de correio da coroa, geralmente as maiores agências nos centros das cidades, foram fechadas.




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