sexta-feira 20 de janeiro de 2017 | Edição do dia
Em Assembléia realizada na noite de ontem, os metroviários de São Paulo votaram um plano de ação contra os ataques perpetuados contra a categoria, que visam a mudança da escala de trabalho dos metroviários para 6 dias consecutivos, além de mudanças nos horários de entrada dos funcionários da escala semanal (com entrada as 10h e saída às 21h30 e também ampliar em 1 h o tempo no trabalho, que hoje é de 08h30 por dia.
Com cerca de 400 metroviários (com destaque para integrantes da manutenção que está sendo bastante atacado) a primeira assembléia de 2017 mostra que a categoria voltou quente das festas de final de ano. As falas durante a assembléia foram todas no sentido de organizar a categoria para resistir aos ataques feitos pela direção do metro e mobilizar cada vez mais a categoria, preparando para a campanha salarial 2017.
As negociações em torno das mudanças nas escalas e horários aviam sido encerradas pela direção do metrô, que tece que retroceder de sua posição e negociar novamente com o sindicato, em reunião realizada ontem (19/01) antes da assembléia, porém não chegaram a uma posição em comum devido a intransigência da empresa, apesar de Metrô e Sindicato terem se comprometido a buscar solução negociada.
Felipe Guarnieri, operador de trem da linha amarela, denunciou o assédio sofrido por funcionários durante a última semana com relação a mudança de escala e reafirmou a necessidade de uma grande mobilização da categoria para barrar todos estes ataques, propondo assim um ato na próxima terça-feira, 24/01, proposta que foi aprovada. Segue abaixo vídeo de sua fala na assembléia:
Abaixo estão as resoluções da assembléia de 19/01 do Sindicato dos Metroviários
*Assembleia aprovou Plano de Lutas.*
As várias atividades desenvolvidas pelos metroviários mostraram ao Metrô que a categoria quer a manutenção da intrajornada. O uso do colete, os muitos companheiros que não responderam ao questionário apresentado pela empresa e outras iniciativas da categoria mostraram a indignação dos metroviários.
O Sindicato e a categoria vão agora buscar rapidamente o registro de portarias que garantam a intrajornada. A lei permite a meia hora para refeição. O parágrafo 3º do artigo 71 da CLT diz o seguinte: “o limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministério do Trabalho...”. Veja abaixo o Plano de Lutas aprovado pela categoria.
*Plano de Lutas*
*- Assembleia no dia 26/1 (setoriais definirão proposta de indicativo de greve que será analisada na assembleia)*
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