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DEMISSÃO RJ | Merendeiras terceirizadas em paralisação no RJ foram despedidas após encontro com secretário

Merendeiras das escolas estaduais do RJ, após fazerem uma paralisação por melhores condições de trabalho, denunciaram nas redes sociais as demissões arbitrárias por parte das empresas, mesmo depois de serem recebidas calorosamente pelo secretário de educação, Pedro Fernandes Neto.

sexta-feira 22 de março de 2019 | Edição do dia

Um grupo de merendeiras, reivindicando seus poucos direitos, fizeram uma paralisação na terça feira dia 19/03 e foram até à Secretaria da Educação, conversaram com o secretário Pedro Fernandes Neto, que se comprometeu em ajudá-las, tiraram foto sorridente. Mas no mesmo dia, várias delas foram simplesmente despedidas! Um absurdo e uma nítida retaliação à luta por condições e salários minimamente dignos.

As empresas responsáveis pela terceirização das merendeiras nas escolas estaduais do Rio de Janeiro, vem, desde o ano passado, diminuindo o quadro de funcionárias e, consequentemente, precarizando as condições de trabalho. Além de diminuir o pessoal durante a troca de empresas, recontrataram as merendeiras, que antes recebiam como cozinheiras, com os adicionais e salário compatível ao cargo, como auxiliares de cozinha, o que na prática, reduziu seus rendimentos líquidos a menos de um salário mínimo, considerando os descontos legais, quando, o trabalho a ser executado, continua o mesmo.

Com o número de funcionários já defasado, as merendeiras vêm sendo submetidas à sobrecarga de trabalho, tendo que se desdobrar e fazer as refeições para muitos alunos, três vezes ao dia.

Há relatos de que, em muitas escolas, a falta de profissionais vem gerando outro problema, o da distribuição de “merendas frias”, como biscoitos e refrescos de baixo valor nutricional. Dada a realidade social de várias crianças e adolescentes da escola pública, sabemos que muitos dependem e necessitam da merenda escolar, as vezes única refeição descente do dia deles, para conseguir estudar.

A terceirização é de um malefício sem tamanho para todos os setores, pois, além de precarizar ainda mais os trabalhadores, com baixos salários; atrasos nos pagamentos; e demissões sem justa causa, ainda prejudica no serviço oferecido. Em resposta a isso, o estado se exime da responsabilidade, como se já tivesse feito a sua parte ao repassar o dinheiro às empresas. Para que os alunos tenham comida de qualidade, é necessário que haja número adequado de merendeiras, remuneração com salário adequado à função exercida e estabilidade para que possam trabalhar com tranquilidade, pois sua função é fundamental para o funcionamento das escolas.

Por isso defendemos que todas sejam incorporadas ao quadro de funcionários do estado, como era a alguns anos atrás, sem a necessidade de concurso, acabando com a “dança das cadeiras” entre as empresas, que se revezam na prestação do serviços para o estado, onde a cada troca de empresa, seja pra funcionários da cozinha ou da limpeza, os salários sejam reduzidos ainda mais, além de muitas que saem do esquema deixarem para trás dívidas trabalhistas e salários atrasados, que o estado não assume, mostrando que não se preocupa com o bem-estar das trabalhadoras.




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