Porto Alegre | Melo sanciona lei que autoriza privatização da Carris para entregá-la aos empresários

Segundo Melo, em nota da prefeitura, a Carris, que salvou o transporte público durante a pandemia enquanto as empresas privadas abandonaram diversas linhas, deu prejuízo:

“A desestatização faz parte de uma série de medidas para melhorar o transporte público que faliu antes mesmo da pandemia. Além do pacote que inclui a redução das isenções, extinção gradual dos cobradores e repactuação com as concessionárias(...)”

O prefeito faz demagogia enquanto não abre o livro de contas da empresa pública e se somam escândalos de corrupção dos empresários de um dos transportes públicos com a tarifa mais cara do Brasil. O que Melo quer, na verdade, é enriquecer ainda mais os barões do transporte de Porto Alegre. Durante a pandemia, os empresários da privadas demitiram inúmeros pais e mães de família, reduziram salário, implantaram plebiscitos fraudulentos nas garagens para reduzir ilegalmente o salário dos rodoviários sem redução de jornada, demitiram ilegalmente líderes sindicais com estabilidade, repassaram linhas deficitárias pra Carris, arriscaram a vida de centenas de rodoviários pertencentes ao grupo de risco, receberam isenção fiscal milionária da prefeitura até 2022, tentaram acabar com o cargo de cobrador, retiraram benefícios de idosos.

Esse se soma a uma lista de ataques, como foi dia 24 a aprovação na Câmara Municipal do projeto de lei de Melo que acaba com o meio passe de professores, estudantes e outras categorias, assim como a recente lei de extinção do cargo de cobrador.

Ao invés de vender o patrimônio público, devemos lutar por um transporte 100% estatal e controlado pelos rodoviários e usuários, que sabem como ninguém com o transporte público deve funcionar. A luta dos rodoviários contra os ataques foi um exemplo e mostra o caminho de como enfrentar Melo e os empresários.

Lições da greve da Carris: Uma batalha se perdeu, mas a guerra continua