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Denúncia | McDonald’s ameaça e coage trabalhadores com covid a não faltar

Trabalhadores de 3 unidades da rede de fast food denunciaram terem sido coagido por seus superiores a voltarem a trabalhar com ameaças e abusos. Também denunciam negligência com a segurança sanitária nos locais de trabalho e falta de EPIs.

segunda-feira 7 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Em artigo publicado no site Intercept, trabalhadores do McDonald’s denunciam os abusos e pressões que os seus chefes fizeram durante o período em que estavam afastados do trabalho por estarem com covid, sendo coagidos para voltarem ao trabalho e sofrendo ameaças de corte no ponto e perseguição. O artigo que você pode ver aqui na íntegra, traz o depoimento de 3 funcionários, de três unidades diferentes da rede de lanchonetes, onde acusam seus chefes de cometerem abusos para voltarem ao trabalho.

Em um dos relatos, um trabalhador que apresentou sintomas foi fazer o teste na UPA e recebeu atestado de 8 dias aguardando sair o resultado. Mas antes do período expirar, o gerente de sua unidade entrou em contato com ele informando que deveria voltar ao trabalho pois o teste já havia saído e deu negativo. O trabalhador achou estranho como seu chefe podia ter acesso a um exame particular realizado pela rede pública. O mesmo entrou em contato com a unidade e lhe foi informado que o resultado não havia saído, assim como ninguém além da própria pessoa poderia ter acesso ao resultado do exame. Dias depois o resultado saiu e deu positivo. O gerente do McDonald ’s mentiu para o funcionário para coagir a voltar ao trabalho.

Leia também: A reforma trabalhista no Brasil: desemprego, precarização e mortes

Em outra situação, uma trabalhadora que apresentou sintomas também realizou o teste e ficou de atestado até o resultado do exame sair. Durante esse período, ela relata que o gerente da unidade na qual trabalhava fez inúmeras ameaças por estar de atestado. “O gerente do estabelecimento ficou bravo e falou que eu ia me foder se o exame desse negativo. Ele disse que eu ia ficar com falta”, afirmou a funcionária. Outra trabalhadora que testou positivo também relatou ter sofrido ameaças do gerente: “Meu gerente viu o atestado e ficou louco, me ligando às duas horas da madrugada. Eu estava mal. As ligações eram para eu voltar a trabalhar e não falar com ninguém da loja sobre o assunto”, contou. Ela se negou a voltar. “As ligações continuaram. Eu desligava”. Além disso, ela afirmou ter recebido descontos indevidos na folha de pagamento, além de ter presenciado racismo e gordofobia dentro do restaurante.

Os trabalhadores também denunciam que os gerentes desesperados com o afastamento de muitos funcionários, tomaram medidas absurdas como comprar medicamentos e obrigar os funcionários com sintomas a usarem o medicamentos ao invés de irem se testar. Entre outras denúncias, os trabalhadores informam que as lojas não garantem a segurança sanitária de forma adequada. Inclusive obrigando os funcionários a usarem os mesmo EPIs como máscaras, luvas e etc.

O McDonald’s é uma gigante rede imperialista de fast food, famosa também por inúmeras denúncias de exploração, precarização e abuso em cima dos trabalhadores. Além de sofrerem com todas essas condições precárias, jornadas exaustivas e salários baixos, durante a pandemia sofreram os abusos e negligências de seus direitos a se afastarem enquanto estavam doentes. Assim como Bolsonaro e todo o negacionismo, essa empresa seguiu a mesma linha para colaborar com que o vírus seguisse circulando e matasse centenas de milhares de pessoas. Essa é uma das faces mais nefastas do capitalismo.




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