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HOMOFOBIA E NEGACIONISMO | “Máscara é coisa de ‘viado’”, diz Bolsonaro, escancarando homofobia e negacionismo

O presidente fazia questão de constranger os funcionários do Palácio do Planalto e visitantes a não usarem máscaras, além de insistir em apertos de mãos e abraços, contrariando as medidas de distanciamento físico. Bolsonaro, acostumado a emanar zombarias e preconceitos de todos os gêneros, menosprezando os reais riscos da doença, assim como o saldo imenso saldo de infectados e de mortos, também disse que “usar máscara é coisa de viado”, em declarada homofobia.

quarta-feira 8 de julho de 2020 | Edição do dia

Pessoas que teriam frequentado o Palácio do Planalto durante a quarentena relatam que Bolsonaro constrangia a todo momento pessoas que estivessem usando máscaras, inclusive os próprios funcionários do planalto. Com piadas de todo tipo, inclusive homofóbicas, o presidente cotidianamente atentava contra todas as medidas de segurança e distanciamento físico, como mostrou a coluna de Mônica Bergamo na Folha de São Paulo.

A incompetência do governo Bolsonaro vem trazendo mazelas à população brasileira, sobretudo aos seus setores mais pobres e às negras e negros. Desde sua eleição em 2018, mas especialmente agora durante a pandemia, observamos seu total descaso com as condições de vida e de trabalho da população, através de suas Medidas Provisórias e da demora em liberar o dinheiro do auxílio a quem precisa com urgência.

Durante toda a pandemia o presidente quebrou as medidas básicas de proteção, como o isolamento social, o uso de máscaras, entre outras. Segundo relatos de pessoas que estiveram com Bolsonaro, o presidente não usa máscara, sempre cumprimenta pessoas com apertos de mãos e chegou a constranger visitantes com comentários como “máscara é coisa de viado”.

Os ataques de Bolsonaro à população LGBT não vem de hoje, o mesmo já deu entrevistas com comentários como: “gostar de gay ninguém gosta”, “quando seu filho começa a ter atitudes homossexuais, é só dar um coro que resolve” e várias outras frases cheias de preconceitos e incentivos ao ódio a esse setor da população que já sofre com a violência e altos índices de assassinatos. Essas atitudes só reafirmam a intenção de Bolsonaro de agradar setores conservadores e da extrema direita de sua base, ao passo que minimiza a crise sanitária em nome de satisfazer a sede de lucro dos empresários.

Em um país onde a possibilidade de fazer quarentena é assegurada a poucos e não há testes massivos sequer para trabalhadores da saúde, Bolsonaro descumpre e ridiculariza as medidas preventivas, sabendo que terá testes à vontade e mesmo uma internação e medicação garantidas no caso de ter alguma complicação. A realidade é bem diferente para muitos trabalhadores, lançados às penúrias da doença ou à morte.




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