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SUBSÍDIO AOS EMPRESÁRIOS | Márcio França quer que todos brasileiros paguem os lucros das concessionárias de estradas

terça-feira 17 de julho de 2018 | Edição do dia

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), vai entrar na Justiça contra a União, para fazer com que os brasileiros paguem pela isenção da cobrança de pedágio sobre eixos suspensos nas rodovias paulistas concedidas à concessionárias privadas.

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) havia estimado que a isenção da cobrança de pedágio sobre eixo suspenso dos caminhões custaria entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões por mês.

Até 2015, os contratos de concessão estipulavam que os caminhões, carregados ou não, seriam obrigados a pagar pedágio sobre os eixos. Naquele ano, os empresários fizeram um locaute exigindo a isenção desse pagamento, mas apenas as rodovias federais concedidas à iniciativa privada teve isenção. O governo, então, passou a subsidiar os custos do pedágio.

Na crise dos combustíveis, esse ano, que culminou no reacionário movimentos dos caminhoneiros, uma das pautas da patronal era que a isenção do eixo suspenso fosse estendida também para as rodovias estaduais. A exigência fez parte de um conjunto de Medidas Provisórias, assinadas pelo governo Temer, que concedeu subsídios aos empresários do transporte, fazendo com que os trabalhadores e a população pagassem para aumentar os lucros das empresas.

Na ocasião, o governador de São Paulo disse que tomaria as medidas necessárias para que a isenção de pedágio fosse cumprida, mas que iria agir para que as concessionárias fossem ressarcidas com o dinheiro da população.

Na prática, o que o governo de São Paulo tenta agora é que os Brasileiros compense pagem às concessionárias pelo acordo com as patronais para resolver a crise dos combustíveis, a partir do abatimento da dívida do Estado com a União. Aumentando assim o lucro das concessionárias privadas. Ao mesmo tempo que continuam pagando religiosamente a fraudulenta dívida pública, que saqueia trilhões todos os anos do nosso país.

A única forma de resolver de fato essa crise dos combustíveis e garantir gás de cozinha e gasolina barata para a população, sem que sejam os trabalhadores que paguem por isso é garantindo uma Petrobrás 100% estatal, sob gestão petroleira e controle da população. Acabando com o subsídio do governo aos empresários que lucram às custas dos trabalhadores.




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