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PORTO ALEGRE | Marchezan Jr. vai atrasar salários, mas isenção de imposto a empresários está garantida

Em coletiva de imprensa nesta quarta (25), Nelson Marchezan Jr. (PSDB) afirmou que os trabalhadores municipários de Porto Alegre sofrerão com atraso de salário, assim como ocorre com os servidores estaduais. Apesar da crise, ele não mencionou a isenção de ISS concedida às empresas de transporte, renovada no final do ano passado.

quarta-feira 25 de janeiro de 2017 | Edição do dia

As primeiras ações de Marchezan como prefeito de Porto Alegre já demonstram que sua gestão está alinhada com os planos de Sartori de fazer os trabalhadores pagarem pela crise. Dentre algumas certezas apresentadas na coletiva de imprensa de apresentação das finanças do município intitulada "A Porto Alegre que recebemos", está o atraso nos salários dos servidores municipais.

Segundo ele, ainda é necessário analisar melhor a situação, mas, na dúvida, ameaça desde já os trabalhadores de terem seu direito mais básico - receber o salário em dia - negado pela prefeitura. O tucano ainda reafirmou uma verdadeira catástrofe financeira na prefeitura, que estaria em situação ainda pior do que o estado do Rio Grande do Sul.

Em que pese todo colapso das finanças relatado pelo novo prefeito, a isenção de ISS (Imposto Sobre Serviços) concedia às empresas de ônibus e renovada no final do ano passado até 2018, não foi questionada. Nada se falou também sobre os CC`s, muito menos sobre os fartos salários e "benefícios" que recebem prefeito, vice, secretários e vereadores. Para Marchezan Jr., somente os trabalhadores devem pagar pela crise, enquanto ele e seus pares seguirão cheios de privilégios.

Outra notícia trazida pelo prefeito na coletiva de imprensa é que Porto Alegre continuará cheia de obras inacabadas. Segundo Marchezan, todas as obras serão mapeadas mas as que dependerem da prefeitura ficarão paralisadas. Neste aspecto nota-se uma certa continuidade da gestão anterior, de José Fortunati (PDT), que também teve a prática de abandonar obras públicas antes de serem concluídas.

José Fortunati, aliás, antes mesmo do pronunciamento do novo prefeito, tentou negar a responsabilidade de sua gestão com a situação de Porto Alegre. No Twitter, ele acusou Marchezan de inflar os dados para apresentar uma situação pior do que realmente é. Seja de quem for a responsabilidade, a certeza é que os trabalhadores municipários, que por várias vezes enfrentaram Fortunati, terão de se erguer também contra Marchezan para garantir o mínimo, um direito tão básico e fundamental, que é seu salário em dia.




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