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CHILE | Marcha e repressão no Chile 46 anos após o golpe de Pinochet

A poucos dias após o 46º aniversário do golpe militar no Chile, milhares de pessoas saíram às ruas neste domingo e foram reprimidas pela polícia.

segunda-feira 9 de setembro de 2019 | Edição do dia

Cerca de 3.000 pessoas se reuniram à mobilização convocada por diversas agrupações de Direitos Humanos assim como da esquerda.

A tradicional marcha começou após as 11 horas na Praça dos Heróis e culminou no Cemitério Geral, localizado na comuna de Recoleta.

A mobilização ocorreu com repressão, gás lacrimogêneo e algumas pessoas presas pela polícia, que não hesitaram em atirar gás nos manifestantes.

Dauno Totoro, dirigente do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PTR) presente na mobilização, disse: "O poder dos grandes empresários hoje permanece impune, que junto com os militares e a direita foram responsáveis pelo golpe genocida. Esse poder hoje eles utilizam para freiar qualquer questionamento, qualquer demanda. Vemos isso hoje, quando se discute a redução da jornada de trabalho, e levantam uma campanha de terror. Vimos isso nas palavras de Alfonso Sweet, do ministro Monckeberg, de Bernardo Larraín Matte, esses parasitas que fizeram sua fortuna na ditadura. O que eles querem é simplesmente instalar mais flexibilidade de trabalho para aumentar a precarização e o roubo de nossas vidas. Piñera governa para os empresários, e também tem um aliado no DC. Por isso dizemos: redução da jornada de trabalho agora, e não à flexibilidade trabalhista!

Repressão no cemitério

A marcha foi severamente reprimida pela polícia, impedindo a entrada de manifestantes no cemitério geral.

Logo que se iniciou a marcha nos diferentes túmulos dos executados políticos, policiais entraram no cemitério geral reprimindo com gás lacrimogênio e pisando nos túmulos do pátio 29.

Durante a comemoração anterior à repressão, Dauno Totoro havia destacado que "nesta data resgatamos o legado de milhares de trabalhadores, jovens e mulheres que nos anos 70 decidiram mudar a história. Hoje, tomamos essas lições para construir um partido de trabalhadores, mulheres, jovens e estudantes que se prepõem a acabar com essa herança, rompendo com todas as variantes de empresariais, e que coletando a experiência histórica das lutas dos trabalhadores no Chile e no mundo, se proponham uma sociedade de ruptura com o capitalismo, um governo das e dos trabalhadores, por uma sociedade sem miséria ou exploração".




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