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25 DE JULHO DIA DA MULHER NEGRA LATINO AMERICANA E CARIBENHA | Marcha das mulheres negras em São Paulo

Ontem, no dia 25 de julho, dia de Tereza de Benguela e dia Latino americano e caribenho das mulheres negras, aconteceu em vários estados do país a Marcha das Mulheres Negras.

quinta-feira 26 de julho de 2018 | Edição do dia

Ontem dia 25 de julho dia de Tereza de Benguela e dia Latino americano e caribenho das mulheres negras aconteceram atos em vários estados do país.

A Marcha das Mulheres Negras este ano contou com centenas de manifestantes, em sua maioria mulheres negras expressando uma importante disposição de luta contra o racismo e o machismo. Estiveram presentes diversos coletivos e agrupações do movimento negro e do movimento feminista que marcharam ao som do emocionante Bloco Afro Ilú Oba De Min. Mais do que nunca essa enorme energia e disposição de luta contra a opressão racista e machista demonstrada mais uma vez pelas mulheres negras precisa se voltar também contra a exploração capitalista e pode ser um importante ponto de apoio para enfrentar cada uma das medidas aprovadas pelo governo golpista de Temer (como a reforma trabalhista e a lei da terceirização) que atingem o conjunto da classe trabalhadora e as mulheres negras em particular.

As mulheres do Quilombo vermelho e do Pão e Rosas estiveram no ato levantando a bandeira pela Legalização do aborto e o direito a maternidade, pois muitas mulheres perdem seus filhos nas mãos da assassina polícia. O bloco cantou palavras de ordem como: “Marielle vive, Marielle viverá, mulheres negras não param de lutar!” mostrando a indignação frente ao brutal assassinado de Marielle e Anderson onde até agora não houve uma séria apuração e menos ainda justiça!

Também cantaram “Somos as negras do Haiti, Lutamos juntas contra as tropas que assassinam nosso povo, Tropas no Rio não passaram!” Fazendo um paralelo entre as tropas militares no Haiti que estupra e comete todo tipo de violência do qual o PT foi conivente em todos os seus anos de governo, combinado a questionar as tropas também no Rio de Janeiro de soldados que são treinados no Haiti para barbarizar nas comunidades do rio, pois isso questionar a intervenção militar.

Entrevistamos Jenifer Tristan, militante do Quilombo Vermelho que nos disse: “Viemos aqui hoje pra expressar a luta das mulheres negras e a necessidade de nos ligar a maré verde que se alastrou na Argentina e precisa inundar o conjunto da América latina, pois legalizar o aborto é uma demanda bem fundamental para nós brasileiras e mulheres negras que são as que mais morrem fruto de abortos clandestinos. Mas também expressar o nosso ódio a polícia e a intervenção federal que assassinou a Marielle e Anderson. Policias que perseguem sistematicamente a juventude negra com o falso discurso de guerra as drogas. O Golpe institucional veio para profundar os níveis de exploração dos trabalhadores e nós mulheres negras somos as que mais sofrem. Por isso achamos fundamental unificar nossa luta contra o racismo, a luta contra a exploração capitalista!"

Marcelo Pablito também militante do Quilombo Vermelho e diretor do SINTUSP disse para nós: “Que os homens também precisam entender a necessidade de apoiar a luta das mulheres negras assim como companheiras (os) brancas (as), o dia é das mulheres negras, mas é tarefa de toda a classe trabalhadora apoiar essa luta. Os anos de PT deixaram claro que a conciliação de classes não vai acabar com o Racismo e nem com o Machismo, pois a sua base estruturante é o próprio capitalismo e pra isso é necessário a aliança com a classe trabalhadora, para garantir que as mulheres deixem de receber 60% a menos do salário dos homens brancos e que possamos ter igualdade salarial para construir passos de ter igualdade na vida. Vim aqui hoje porque minha luta não seria completa por um mundo sem opressão e exploração se não estivesse aqui lado a lado com as mulheres negras, contra o racismo e o capitalismo!”




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