Hoje se comemora o Dia Internacional da Enfermagem e em plena crise do Covid-19, os trabalhadores sanitários de numerosos hospitais no Estado Espanhol se manifestam contra os cortes na saúde pública.
terça-feira 12 de maio de 2020 | Edição do dia
Na Catalunha, desde as primeiras horas da manhã trabalhadoras e trabalhadores sanitários do hospital público Vall de Hebrón se manifestaram contra os cortes. Em um comunicado exigem a melhoria das condições de trabalho como o retorno à jornada de 35 horas ou a diminuição da proporção de pacientes.
#AplausosEnDerechos Mañana es nuestro día y nuestro momento de alzar la voz por nuestros derechos. Por unas condiciones laborales justas! pic.twitter.com/Zr0M0gFQHx
— L a i a (@laiagomez16) May 11, 2020
Outros hospitais públicos de Barcelona como de Bellvitge ou o Hospital del Mar protagonizaram concentrações para denunciam também que mais de 40.000 trabalhadores sanitários já se contagiaram desde que começou a crise do coronavírus, frente à falta de material sanitário como EPIs, luvas, máscaras. Também exigem a volta dos 5% que foram cortados há dez anos com o decreto real 8/2010 e 3/2010 e que ainda não lhes foi devolvido.
Cuando la OMS declaró el 2020 como el Año Internacional de la Enfermera y la Matrona, ninguna imaginábamos que fuera a ser así. Desde aquí solo pedimos #aplausosenderechos
🔸@aplausoderechos #diainternacionaldelaenfermeria #Enfermeria #nurse #NursesDay2020 #sanitarios #COVID19 pic.twitter.com/T3wBBhOjg9— Cristina Aleixandre (@CrisAleixandre) May 12, 2020
Um grave problema ocorrido em todo o Estado Espanhol, segundo país com o maior número de infectados por trabalhador da saúde, atrás unicamente do Brasil
Em Madrid, uma das comunidades mais afetadas pelo coronvaírus, trabalhadores da saúde e enfermagem denunciam que ainda seguem faltando leitos de UTI, que não é garantido o abastecimento de EPIs, que faltam trabalhadores na atenção primária e que não existe um sistema de informação correto sobre a pandemia. Isso pode fazer com que, frente a um segundo surto de contágios, a trágica situação do colapso do sistema sanitário se repita.
Unos 200 enfermeros se concentran en el Vall d'Hebron por el #DiadelaEnfermeria para reivindicar sus condiciones laborales https://t.co/enLTd2SZsN pic.twitter.com/yKdwfudSV3
— Europa Press (@europapress) May 12, 2020
Por outro lado, os lares de idosos privatizados tem sido os setores mais afetados. Na Comunidade de Madrid, os falecidos nos lares chegam a 7.022, 5.688 por coronavírus, que representam quase 50% dos falecidos em lares em todo o país. Os trabalhadores da saúde destes lares tampouco conta com condições de trabalho adequadas, nem com os insumos necessário para a sua proteção.
Que a privatização da saúde “mata” ficou demonstrado de maneira dramática. O impacto do coronavírus no sistema de saúde tem sido devastador. Atualmente o Estado Espanhol está em segundo lugar em relação à quantidade de trabalhadores da saúde infectados.
Hoy 8 de Mayo se ha convocado 1 minuto de silencio en diferentes centros por el fallecimiento del compañero Javier Ruiz Gallardo, Tiga (personal de empresa privada que ejerce función como las de celador/a) del Hospital Puerta de Hierro.
Descansa en Paz compañero. pic.twitter.com/rDo76TrLFj
— Mats 12 de octubre (@Mats12octubre) May 8, 2020
Por tudo isso, neste Dia Internacional da Enfermagem, é chave seguir lutando não apenas por melhores condições de trabalho, mas pela nacionalização do sistema sanitário e seu funcionamento sob controle dos trabalhadores da saúde, junto à população e usuários. A saúde não deve ser um negócio, porque assim os lucros de alguns poucos seguirão acima das vidas de milhões.
Publicado Originalmente no Izquierda Diario Estado Espanhol.