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Major Olímpio defende que os massacres nas prisões continuem

O deputado federal e policial militar, Major Olimpio, do Solidariedade (SD), fez post nas redes sociais com o título “Placar nos presídios” comemorando os assassinatos ocorridos nos presídios em Manaus e Roraima.

domingo 8 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Em publicação realizada em seu perfil do Facebook, Major Olimpio, comemorou os 56 assassinatos em Manaus e os 30 em Roraima que ocorreram em presídios. O deputado tratou os acontecimentos em tom de piada, negligenciando a seriedade da situação ao brincar com o problema. Na postagem com o título “Placar nos presídios” que apresenta as mortes como o placar de um jogo, manifestou sua vontade de que as chacinas se estendam para Bangu, no Rio de janeiro.

Considerado um dos maiores complexos penitenciários da América Latina, onde estão presos Cabral e Garotinho, muitas das unidades prisionais de Bangu também sofrem com a superlotação, problema generalizado nos presídios Brasil afora.

Por trás do seu discurso de ódio, estaria Major Olimpo defendendo que o Estado mantenha relações espúrias com as empresas que têm interesse em lucrar com a privatização dos presídios?

Ao defender as chacinas que ocorreram em Roraima e Amazonas, Major Olimpio, contribui para que a miséria social que existe por trás dos presídios brasileiros continue, pois o seu único interesse ao fazer estas declarações é manifestar seu ódio contra a população pobre. Nas suas publicações o Major não tem nenhum interesse em comentar a relação estreita e corrupta entre a polícia (corporação da qual faz parte) e o tráfico de drogas, que com respaldo do Estado, apenas se importam em lucrar com a miséria social, a venda ilegal de drogas e o genocídio da população negra perpetuado pela farsa do discurso de ’’combate às drogas e à violência’’.

Semana passada, o Esquerda Diário publicou reportagem denunciando os comentários permeados de ódio e reacionarismo de Fernando Francischini, também deputado federal do Solidariedade, comemorando as mortes dos detentos. O Solidariedade, partido que os dois militares Major e Francischini fazem parte, foi considerado tropa de choque de Eduardo Cunha quando este foi presidente da câmara dos deputados. Além disso é aliado de partidos golpistas como PSDB e PMDB, e tem como principal figura partidária Paulinho da Força, líder sindical investigado por desviar dinheiro dos cofres públicos e inúmeros casos de corrupção.

Major Olimpo é mais um dos políticos que se manifestaram favoráveis à chacina nos presídios. Ele defende essa barbárie, não apenas porque faz parte da polícia militar, está serviço dos grandes empresários e banqueiros que lucram com a miséria. O seu ódio é seletivo, pois defende os ’’bandidos de colarinho branco’’ que estão no congresso, e assim como ele são responsáveis pela tragédia de Amazonas e Roraima.




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