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ELEIÇÕES 2020 | Mais uma de Marcelo Freixo: agora chama voto em empresário do Cidadania

Marcelo Freixo em vídeo pediu voto para Armed Rio, empresário candidato no Rio de Janeiro pelo Cidadania (antigo PPS), com mais uma demonstração que os rumos que aponta para o PSOL é de aprofundar, e não combater o regime do golpe. Colocando-se como palatável para setores do centro e da direita, e para o empresariado capitalista, se propondo a junto com eles a administrá-lo.

quarta-feira 11 de novembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Reprodução

O deputado federal Marcelo Freixo segue traçando seu caminho cada vez mais à direita, tendência que vem se acentuando. Em 2018 Freixo fez da segurança pública e do apoio à militarização da política uma marca. Após a eleição de Bolsonaro passou a defender unidades com golpistas e burgueses, semeando a falsa ideia de que isso, e não uma saída da classe trabalhadora, seria capaz de derrotar o governo da ultradireita. Desta vez em meio às eleições de 2020 da qual ele desistiu, Freixo em vídeo pede voto para um vereador do Cidadania. Trata-se do antigo PPS, partido que abriga políticos capitalistas e já teve em suas fileiras nomes de alto escalão de governos nada progressistas, como o ex-presidente Itamar Franco, Raul Jungman e o próprio Ciro Gomes, e cujas alianças com o DEM e o PSDB são recorrentes.

Freixo chama voto em Armed Rio, um empresário do setor de bares e restaurantes, diretor do Cadeg (Centro de Distribuição do Rio de Janeiro). Um candidato à vereador representante dos patrões. Marcelo Freixo presta o desserviço de promover um candidato do mesmo Cidadania, que foi golpista e que por unanimidade aprovou a reforma da previdência que precariza a vida de milhões de brasileiros, deixando claro que o seu compromisso é com a adaptação do programa e das alianças políticas, não com a classe trabalhadora, mas com porta-vozes dos interesses capitalistas.

Este não é um mero deslize na trajetória de Freixo, trata-se de uma concepção estratégica, abertamente contrária a promover a aliança entre as fileiras dos trabalhadores e do povo, a única que pode oferecer uma saída para a crise que assola o país. Uma estratégia que está no sentido oposto a unificar na luta de classes o enorme contingente de trabalhadores precários, muitos dos quais gastam suas vidas em restaurantes e bares do Rio turístico, em troca de salários muitas vezes miseráveis e sem direitos, com os dos setores estratégicos.

Tanto não se trata de um deslize, que Freixo recentemente defendeu que um quadro do PSOL recebesse doação de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo FHC e banqueiro até hoje e colocou o imperialista Biden como representante da democracia.

Com mais essa escandalosa declaração, Marcelo Freixo mostra que os rumos que aponta para o PSOL é de aprofundar, e não combater como alega, o regime do golpe se colocando como palatável para setores do centro e da direita, e para o empresariado capitalista, e se propondo a junto com eles a administrá-lo. Deixando de lado qualquer traço de independência de classes, fazendo alianças com partidos golpistas como PSDB, DEM, PSC e MDB que diariamente atacam os direitos dos trabalhadores, aprovando reformas do Governo Bolsonaro. Caso idêntico ao de Santo André(SP), onde o PSOL se coligou com a REDE. Indo por essa direção, o PSOL traçará um caminho cada vez mais parecido com o do PT, ou talvez até mais adaptado, negando-se a apresentar uma alternativa real aos trabalhadores de ruptura com o capitalismo, confiando nas mesmas instituições e partidos que são responsáveis pelo aumento crescente do autoritarismo.

Contra esta política de adaptação e aliança com os que querem atacar os trabalhadores, viemos lutando com nossas candidaturas para fazer dessas eleições um espaço de combate e para organizar uma alternativa independente. Não será aliando-se à direita e aos capitalistas que se salvará os interesses dos trabalhadores e do povo, mas colocando abertamente a necessidade de lutar contra o governo de Bolsonaro e Mourão, contra o Legislativo e o STF golpistas, levantando a necessidade de lutar por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana. Não tem nada a ver com qualquer posição que mereça o nome de esquerda, sentar e apoiar os patrões que foram a espinha dorsal que sustentou o golpe aplicado pelas instituições do regime. Uma posição elementar que precisa nortear todos os que querem uma saída dos trabalhadores e do povo urgentemente.




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