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MORRE DITADOR | Mais um militar morre impune! Jarbas Passarinho morre aos 96 anos de idade

Nascido em Xapuri, no Acre, em 1920, Jarbas Passarinho iniciou sua trajetória política no Pará. Foi oficial do Exercito e, na ditadura militar, assumiu em 1964 o governo do Pará, indicado pelo presidente Castelo Branco. Em 1966 deixou o governo do Pará e foi senador pela ARENA. Durante o mandato, foi convidado por Costa e Silva para assumir, em 1967, o Ministério do Trabalho.

segunda-feira 6 de junho de 2016 | Edição do dia

Como ministro, participou da reunião que decretou o Ato Institucional 5º, no dia 13 de dezembro de 1968. Na ocasião, Jarbas Passarinho disse uma frase que ficou famosa na historia brasileira "Ás favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência". Em 1969, o general Médici convidou o Jarbas Passarinho para ser Ministro da Educação.
Ainda no Regime militar, Jarbas Passarinho voltou ao Senado em 1974, Casa em que foi eleito presidente em 1981. O político foi ainda ministro da Previdência do governo de João Figueiredo, em 1983. Com a volta da democracia burguesa, Jarbas Passarinho foi ministro da Justiça do governo Collor de outubro de 1990 a abril de 1992, quando retomou ao Senado.
Golpistas de hoje prestam suas homenagens para Jarbas Passarinho.
No seu Twitter, o presidente golpista, Michel Temer, lamentou a morte de Jarbas Passarinho. "Quero expressar meus sentimentos pêsames pela perda deste grande brasileiro, Jarbas Passarinho". Já o ministro golpista da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a morte de Passarinho representa "uma grande perda". "Morre Jarbas Passarinho, brilhante homem público deste país. Independente de concordamos ou não com suas posições" Já o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes destacou a "contribuição relevante" ao Brasil.

Nenhum minuto de luto com a morte de Jarbas Passarinho

A ditadura militar Brasileira de 1964 representou um duro golpe da burguesia contra o movimento operário e o movimento popular que estava em alta. Perante isso, a burguesia brasileira pra impor brutais ataques e uma condição de vida precária aos trabalhadores teve que esmagar a ferro e sangue o movimento operário e popular que questionasse o regime militar daquela época.
Com a transição lenta, gradual e pacífica feita pelos os militares, a oposição burguesa "democrática" e a direção sindical petista foi um dos principais fatores que resultaram na anistia ampla, geral e irrestrita onde os militares não foram punidos pelos os crimes que cometeram. Com isso vimos vários políticos burgueses da época da ditadura militar, muitos destes apoiaram o golpe institucional hoje no país, livres e exercendo forte influencia na política nacional.
Por conta disso, os militares como Coronel Brilhante Ustra e Jarbas Passarinho que deveriam ter vivido o fim dos seus dias na cadeia, morreram no conforto de seus lares. Uma afronta contra todos aqueles que morreram e tombaram lutando contra a ditadura militar, que por questões obvias tiveram o fim dos seus dias antecipados nos calabouços da ditadura militar.
Para lutar contra os resquícios da ditadura militar atualmente no país, que se materializa no discurso reacionário de Jair Bolsonaro em homenagem ao Coronel Ustra, temos que lutar por uma assembléia constituinte livre e soberana imposta pela mobilização dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Só assim podemos questionar este regime de 88 que é fruto de um pacto com os militares.




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