Há mais de dois anos, o PTS-Frente de Izquierda (Argentina) vem acompanhando a luta do povo brasileiro contra o golpe, a partir de uma posição independente do PT. Veja aqui as principais iniciativas levadas adiante.
segunda-feira 15 de outubro de 2018 | Edição do dia
A vitória do representante da extrema-direita Jair Bolsonaro no primeiro turno das eleições presidenciais não caiu do céu. É um salto no golpe institucional contra Dilma Rousseff em 2016, quando a ex-presidenta foi destituída para dar lugar a um governo mais favorável ao imperialismo. Depois veio a prisão arbitrária e a proscrição de Lula, o candidato que era o favorito nas pesquisas. As denúncias de corrupção focavam sempre em apenas um lado, o PT, demonstrando que não se buscava a justiça, mas sim manipular as eleições, que acabaram sendo tuteladas pelas Forças Armadas e o Poder Judiciário.
Apesar de nossas diferenças com o PT, que tinha a responsabilidade no avanço da direita por se recusar a enfrentar os ataques com milhões nas ruas, contando apenas com as eleições e apresentações judiciais, do PTS, junto com nossos companheiro do MRT do Brasil e todas as organizações da Fração Internacional Trotskista-Quarta, enfrentamos desde o primeiro momento esses ataques antidemocráticos e reacionários a partir de posição independente. Hoje apostamos na derrota de Bolsonaro, sabendo que só podemos conseguir isso através da luta de classes.
Abaixo, algumas das nossas principais ações contra o golpe, nos últimos dois anos e meio.
Ato em frente à Embaixada do Brasil em Buenos Aires contra o golpe - 30 de abril de 2016. Discurso de Nicolás del Caño.
Myriam Bregman propôs no Congresso Nacional o repúdio do golpe institucional:
Nesse mesmo sentido, a deputada Myriam Bregman, do PTS na Frente de Esquerda, apresentou uma moção no Congresso Nacional para votar um repúdio ao golpe institucional e manifestar a solidariedade da Câmara com os trabalhadores e o povo pobre do país irmão.
Repúdio do assassinato de Marielle Franco:
A luta contra as conseqüências das medidas tomadas pelo governo golpista de Temer também estavam presentes. Uma dessas lutas emblemáticas tem sido a demanda por justiça pelo assassinato do vereador Marielle Franco.
.@NicolasdelCano en el acto en repudio al asesinato de #MarielleFranco: "Seguiremos acompañando a nuestras hermanas y nuestros hermanos de Brasil en esta pelea por justicia". #MariellePresente pic.twitter.com/f65UcWR9mZ
— Frente de Izquierda (@Fte_Izquierda) 16 de março de 2018
Os deputados nacionais do PTS-FIT, Nicolás del Caño e Nathalia González Seligra apresentaram um projeto de resolução que a Câmara Baixa do Congresso argentino aprovou para repudiar o assassinato da militante brasileira Marielle Franco.
https://www.scribd.com/document/373953212/Proyecto-Repudio-Crimen-Marielle-Franco
Também a parlamentar da PTS-FIT Myriam Bregman, participou com Mónica Benício, companheira de Marielle Franco, de uma homenagem à vereadora do Rio de Janeiro que foi realizada na Legislatura de Buenos Aires.
Kevin Molina y Marielle Franco ¡Presentes! https://t.co/p3HRwEomrT
— Myriam Bregman (@myriambregman) 8 de setembro de 2018
Repúdio à prisão arbitrária e proibição de Lula:
Da mesma forma que os referentes de esquerda se manifestaram contra o golpe institucional, o fizeram contra as medidas arbitrárias impostas pelo poder judiciário amparado pelo governo golpista, principalmente dirigidas contra opositores, sendo o caso de mais destaque o do ex-presidente Lula da Silva.
Repudiamos enérgicamente el fallo que condena a #Lula.
Esto lo decimos siendo desde la izquierda opositores a Lula y su partido por tener responsabilidad política en todo el desarrollo de los acontecimientos y el avance de la derecha, empezando porque han gobernado con ella— Myriam Bregman (@myriambregman) 24 de janeiro de 2018
Myriam Bregman e Nathalia González Seligra com as mulheres do Brasil, contra o Bolsonaro:
Os deputados do PTS e da Frente de Esquerda Myriam Bregman e Nathalia González Seligra fizeram parte das numerosas manifestações contra o candidato presidencial da extrema direita Jair Bolsonaro em São Paulo.
Juntamente a dezenas de milhares de mulheres disseram #EleNao, também levando a demanda por aborto legal, seguro e gratuito, expressa nas mobilizações massivas do movimento de mulheres em nosso país. Além disso, repudiaram o golpe no Brasil como já haviam feito na Argentina e na organização Pan y Rosas internacionalmente.
Pan y Rosas de Brasil, Chile y Argentina, hoy en #MulheresContraBolsonaro #EleNÃO
Ninguna conciliación con los golpistas pic.twitter.com/IqlAnYOPRr— Myriam Bregman (@myriambregman) 29 de setembro de 2018
Participaram junto ao bloco independente da organização de mulheres Pão e Rosas da massiva mobilização, mas não formaram parte do ato político que foi estipulado na cidade para ser utilizado pelos principais partidos por suas campanhas eleitorais.
El reclamo de #AbortoLegal en San Pablo #MulheresContraBolsonaro ganando las calles pic.twitter.com/JcS0fmXXmP
— Nathalia Gonzalez (@NathiGonzalezS) 30 de setembro de 2018