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Mais de 3000 migrantes morrem no Mediterrâneo pelo quarto ano consecutivo

terça-feira 28 de novembro de 2017 | Edição do dia

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) revelou nesta terça-feira novamente uma cifra assustadora.

O número de migrantes e refugiados mortos tentando cruzar território europeu pelo Mediterrâneo superou no último fim de semana a marca dos 3.000 até este momento do ano. Pelo quarto ano consecutivo o número de mortes supera esta cifra.

O porta voz da organização, Joal Millman, lembrou na coletiva de imprensa, na ONU em Genebra, que desde a tragédia de Lampedusa em outubro de 2013, na qual morreram mais de 360 pessoas, o número de falecidos já passa dos 15.000, mais de 50% dos refugiados mortos em todo o mundo nos últimos quatro anos.

"Estivemos dizendo isso durante anos e continuaremos dizendo que não é suficiente contabilizar estas estatísticas trágicas, devemos atuar”, manifestou em uma comunidade do diretor geral da OIM, William Lancy Swing.

No que já passou do ano já morreram 3.033 tentando cruzar o Mediterrâneo, o que equivale a uma média de 30 mortos por dia desde janeiro.

"O ano de 2017 é o ano no qual se alcançou a marca dos 3000 mais tarde”, afirmou Millman e adicionou que ano passada esta cifra foi superada no mês de julho, enquanto que em 2014 e 2015 se ultrapassaram os 3.000 falecidos em setembro. O porta voz concluiu: “O Mediterrâneo continua sendo uma das rotas mais mortíferas do mundo”. Logo após o fechamento da chamada "rota balcânica", milhares de migrantes tentam cruzar pelo mar mediterrâneo se enfrentando com perigos por zonas onde há inclusive enfrentamentos armados na busca por chegar à Europa.

Uma destas zonas são as costas da Líbia, onde os migrantes correm risco de serem capturados e vendidos como escravos como mostrou um vídeo onde se via um grupo de migrantes sub-saharianos leiloados no último mês de agosto.

Para os migrantes e refugiados que escapam da guerra, da crise e da fome, o futuro que lhes é colocado pelos governos europeus é, na maioria dos casos, a detenção em campos que são verdadeiros campos de concentração onde são expostos aos ataques dos grupos direitistas.




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