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reforma da previdência | Maia e Guedes aceleram a articulação para nos fazer trabalhar até morrer

Na reunião em que foi selada uma aparente "trégua" na crise política, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiram desistir de esperar Bolsonaro para entrar em campo e liderar a articulação política. Eles acertaram que, juntos, vão assumir o comando dessa articulação e tocar a reforma da previdência.

Redação Rio Grande do SulRedação Rio Grande do Sul

sábado 30 de março de 2019 | Edição do dia

Ministro e deputado definiram como “eixo de governabilidade” a agenda econômica ultra neoliberal. Pesaram "no acordo de paz" os apelos de empresários (leia-se FIESP, tubarões da previdência privada e imperialismo) e de lideranças políticas preocupados com os sinais desencontrados que Bolsonaro passa à sociedade, com os rumos da economia e com o aumento das incertezas após o abalo provocado pelos bate-bocas públicos entre os presidentes da República e da Câmara. Isso significa que os capitalistas estão se organizando e unificando sua ofensiva contra os trabalhadores.

Guedes vai ampliar sua participação na articulação política e passará a receber grupos de 15 parlamentares para discutir a aprovação da reforma e ouvir demandas dos deputados, como antecipou o Estado. Certamente para comprar os votos desses parlamentares para aprovar o fim da aposentadoria para que trabalhemos até morrer. Ver mais em: https://www.esquerdadiario.com.br/Governo-Bolsonaro-pretende-gastar-R-1-4-bilhao-para-aprovar-Reforma-da-Previdencia

No encontro, a crise foi avaliada com uma “curva de aprendizado” provocada pela falha de articulação do lado da Casa Civil, comandada por Onyx Lorenzoni, e da bancada do partido do presidente, o PSL, formada na sua maioria por parlamentares em primeiro mandato e com pouca vivência política no Congresso. Mas que já se unificaram para destruir a aposentadoria dos trabalhadores. Onyx se comprometeu a se aproximar das lideranças dos partidos do Centrão, bloco informal de treze partidos, um antro de oportunistas que estão dispostos a rifar os direitos dos trabalhadores em troca da favores e verbas de gabinete. É o velho e surrado "toma lá dá cá" da política institucional. É como dizia o grande revolucionário alemão F. Engels "o parlamento é o grande balcão de negócios dos burgueses".

Os trabalhadores querem saber! Por quê as grandes centrais sindicais como CUT, CTB, UGT não estão organizando um plano de lutas e de mobilização em cada local de trabalho para construir uma necessária e urgente greve geral? Por que o silencio e a passividade das direções sindicais controladas pela CUT e CTB? Será que é porque o PCdoB (que controla a CTB), que votou em Rodrigo Maia (DEM) para presidência da câmara, não quer desagradar o seu aliado institucional?

Nenhuma resistência parlamentar, onde ocorre todo tipo de acordos e negociatas entre os políticos burgueses, poderá barrar a reforma da previdência se os trabalhadores não se organizarem e tomarem as ruas. Por isso, é necessário exigir dos sindicatos que organizem assembleias de base em cada fábrica, em cada obra, em cada escola. É preciso, mais do que nunca, preparar os trabalhadores e a juventude para grandes e decisivas lutas. A reforma da previdência de Bolsonaro/Maia/Guedes só poderá ser derrotada pela força da classe trabalhadora em luta!




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