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Saúde | Mães realizam ação no STJ por tratamento de seus filhos com deficiência

Nesta quarta-feira, um grupo de cerca de 100 mães se acorrentaram em frente à grade do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em protesto contra julgamento que limita os tratamentos de terapia em planos de saúde, prejudicando pacientes com doenças físicas e degenerativas.

quarta-feira 23 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Nesta quarta-feira, um grupo de cerca de 100 mães se acorrentaram em frente à grade do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em protesto contra julgamento que limita os tratamentos de terapia em planos de saúde, prejudicando pacientes com doenças físicas e degenerativas.

O julgamento consiste em os planos de saúde limitarem as terapias, como de crianças com deficiências físicas ou pacientes com doenças terminais ou degenerativas, a uma lista desatualizada da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Segundo ativistas, as principais terapias ameaçadas são as seguintes:

  •  integração sensorial, para crianças autistas ou com paralisia cerebral
  •  análise do comportamento aplicado, para autismo e paralisia
  •  metodologia Cuevas, para autismo e paralisa
  •  bombas de morfina, para doenças ósseas e musculares crônicas
  •  imunoterapia para câncer
  •  cirurgia para fetos que nascem com medula fora da coluna
  •  algumas cirurgias reparadoras após cirurgia bariátrica
  •  tratamentos realizados em residência, o "home care", inclusive com uso de respiradores pulmonares
  •  limitação de quantidades e tempos de duração de tratamentos já aceitos, como quimioterapias contra o câncer

    Essa ação das mães que lutam pelo direito à saúde de seus filhos e filhas expressa o quanto o capitalismo faz com que os planos de saúde, que são cada vez mais caros e com menor abrangência, deixando mesmo quem paga sem o atendimento de vários tratamentos para pessoas com deficiência. A crise capitalista assola cada vez mais todos os setores da vida dos trabalhadores.

    Contra a mercantilização da ciência e da saúde, é necessário que todos os trabalhadores, inclusive médicos, enfermeiros e outros da área da saúde, lutem por hospitais públicos e gratuitos sobre gestão dos trabalhadores, e que a ciência e a tecnologia seja utilizada para suprir as demandas da população, e não os lucros dos empresários.

    Pode interessar: No capitalismo, a saúde também é mercadoria




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