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POLÍCIA RACISTA | Mãe e filha mortas pela PM no Morro da Mangueira e perícia diz que crime não tem solução

No dia 30 de junho mãe e filha foram assassinadas no Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, durante troca de tiros entre traficantes e policiais. Com a liberação do laudo no IML, o perito disse que o crime pode não ter solução.

quinta-feira 3 de agosto de 2017 | Edição do dia

Mãe e filha morreram quase ao mesmo tempo. O primeiro tiro acertou a mãe, Marlene Maria da Conceição, e quando a filha Ana Cristina da Conceição correu para socorrer sua mãe foi baleada e levou ao todo quatro tiros. A perícia apontou que ambos os tiros foram disparados por um fuzil e a longa distância.

Em entrevista o perito Leví Inamá de Miranda declara que "será mais um crime cujo a autoria jamais será determinada. O que é uma desgraça para a sociedade, o que é um desserviço para a justiça, e é a perpetuação da impunidade vigente em nosso estado".

Testemunhas que estavam próximas a vítima declararam que pelo local onde estavam Marlene e Ana Cristina os tiros só poderiam ter saído da polícia. Enquanto os moradores do Morro da Mangueira desciam os corpos baleados de mãe e filha escutavam ainda os policiais falando que "polícia não mata, polícia fura. Quem mata é Deus" e que, além de impedirem o socorro, "ainda ficaram rindo, como se fosse um troço que estava descendo ali", disse o filho Luiz Carlos Alves de Oliveira. Em vídeo gravado por moradores é possível ver o momento em que mãe e filha são socorrida pelos vizinhos e parentes.

Esse caso da Dona Marlene e de sua filha Ana Cristina se soma a muitos outros casos, como a da menina Maria Eduarda que teve sua vida ceifada pelas mãos e armas dessa polícia racista, assim como a Claudia, o DG, o Amarildo e tantos outros assassinados pela polícia nos morros e favelas em nome de uma suposta guerra ao tráfico. E enquanto os negros e pobres são assassinados pela polícia, a justiça concede liberdade ao filho de desembargadora preso com 129 kg de maconha e munição de uso restrito das Forças Armadas do Brasil.

Enquanto a justiça e o estado, junto ao seu braço armado que é a polícia, falam que "será mais um crime cujo a autoria jamais será determinada", esse mesmo estado mantem desde 2013 Rafael Braga preso, por portar uma garrafa de pinho sol durante as manifestações de Junho de 2013, e depois por flagrante forjado de porte de drogas. É esse estado que, a mando de Pezão e Temer, reprime a população ocupando militarmente, com as forças armadas, as favelas do Rio.

A investigação desse e de tantos outros crimes não podem ficar nas mãos dessa justiça racista e do estado burguês que só faz reprimir e explorar os pobres, e mantém a polícia assassina impune ao ser julgada por seus pares nos juris especiais. Que esses crimes sejam investigados de forma independente e que sejam julgados por júri popular.




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