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VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 | Mãe de Bolsonaro é vacinada contradizendo o descaso do presidente com a vacina

Apesar do presidente ter questionado a segurança da CoronaVac, ameaçando não comprá-la, sua mãe tomou a vacina chinesa.

sábado 13 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Foto: reprodução

Desde que as vacinas começaram a ficar prontas, o presidente Jair Bolsonaro endossou uma desconfiança acerca da eficácia principalmente da vacina chinesa, chegando a debochar dizendo que a população viraria jacaré e que se recusaria a comprá-la.

Agora a situação é outra, a pressão para a vacinação aumentou, e Doria saiu na frente de Bolsonaro, usando a criação da CoronaVac no Instituto Butantan como forma de fazer demagogia sobre uma suposta responsabilidade que não se demonstrou na prática. Frente a isso, o presidente encomendou um número baixo de vacinas e não tem previsão para a compra de novos kits.

Apenas 2,16% da população foi vacinado até então, e apesar dos rumores sobre pessoas furando fila, a maioria das pessoas vacinadas foram idosos e profissionais da saúde, incluída aí a mãe de Jair Bolsonaro, que aparentemente não gerou nenhum incômodo no presidente que estava tão receoso com a vacina.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro induz sua base a uma postura negacionista, chegando a ter dito que a COVID-19 era apenas uma gripezinha e defendendo que não havia necessidade de um combate mais incisivo ao vírus com a disponibilização de testes massivos para a população. Apesar disso, o presidente teve acesso a diversos testes e ao melhor tratamento de saúde quando contraiu a doença, escancarando uma política nefasta do tipo “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.

Mesmo assim, não foram todos os que tinham o direito à vacinação que conseguiram tomar a primeira dose, em vários hospitais, os trabalhadores fizeram manifestações para exigir a vacinação de todo o quadro de funcionários. No Hospital Universitário da USP, os funcionários paralisaram por dois dias porque apenas 10% dos funcionários haviam sido vacinados naquele momento.

Agora as vacinas estão acabando no país enquanto enfrentamos, um maior número de contaminações e mortes além de novas variantes do coronavírus. Diante dessa realidade vemos os governos forçando uma normalização e aceitação na espera da vacina que não tem. Exemplo disso é o irracional retorno das aulas imposto por Dória e Rossieli em São Paulo, que além da realidade da própria pandemia também se enfrenta com a realidade das escolas, esquecidas e negligenciadas, com falta de funcionários, papel higiênico, álcool.

Veja também: Urgente: Com demissões, escolas em SP ficam sem limpeza a 4 dias da reabertura

O enfrentamento à pandemia não se baseia em simplesmente esperar pela vacina como querem Dória e Bolsonaro, enquanto a classe trabalhadora vê suas condições de vida cada vez mais precarizadas. Na questão da vacina é necessária a quebra das patentes para que todos tenham acesso e possam fabricar vacinas, a partir daí a universalização das vacinas, sem recortes de classe. Diante do que vemos essas seriam medidas básicas para que tivessem vacinas para todos, mas não só a falta das vacinas como toda a crise da pandemia do coronavírus escancara e escancarou a cara nefasta do capitalismo e de seu governo que diante de uma situação de calamidade pública presa pelos lucros e privilégios de uma classe minoritária enquanto a classe trabalhadora paga com suas vidas pelas crise imposta pelas suas ambições.




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