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DIA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES | MRT e Faísca chamam a participar do bloco independente contra o golpe e os ataques dos governos

Neste 1º de maio desde o MRT e a Faísca – Juventude Anticapitalista e Revolucionária chamamos a participar do único ato que se realizará contra o golpe no país, convocado pela CUT, CTB, MTST, PSOL e a Frente Povo Sem Medo, com um bloco independente do PT e das centrais sindicais governistas, que levante claramente um plano de luta concreto contra o golpe e os ataques dos governos.

sábado 30 de abril de 2016 | Edição do dia

Até agora estas burocracias ligadas ao PT paralisaram e traíram o movimento de resistência aos ajustes, e só levantam palavras mas nenhuma ação contra o golpe da direita. Não rechaçamos o golpe pelos mesmos motivos do PT. Rechaçamos o golpe nos colocando lado a lado dos trabalhadores que repudiam a ofensiva da direita e os ataques aos direitos democráticos.

Diana Assunção, dirigente do MRT e diretora do SINTUSP, disse que “O golpe orquestrado por parte do que existe de mais reacionário no país, com Cunha, Temer e Bolsonaro à cabeça, com apoio da mídia golpista e do judiciário, mostrou sua cara mais nefasta no domingo na aprovação na Câmara. Aos olhos de milhões, fica cada vez mais claro que não se trata de nenhuma luta contra a corrupção, mas de um golpe contra o sufrágio universal e os poucos direitos democráticos conquistados com lutas, que querem atacar e abrir espaço para ajustes e ataques ainda mais duros. A Confederação Nacional da Indústria, junto à FIESP de Paulo Skaf, já entregou a ‘lista de exigências’ da patronal ao golpista Temer: generalização da terceirização do trabalho, fim dos convênios coletivos e que as negociações entre empresários e trabalhadores esteja acima da CLT, além do aumento da idade de aposentadoria e ataques aos direitos previdenciários de milhões. Um ataque em regra contra a classe trabalhadora e o povo pobre. Querem que os trabalhadores e a juventude que paguem pela crise. Este golpe institucional, praticado pela direita mais reacionária e obscurantista que o PT alimentou e ocultou, não tem nada de progressista aos trabalhadores. É preciso combatê-lo nas ruas, com greves, paralisações, piquetes e os métodos da classe trabalhadora, os únicos que podem barrar o avanço da direita”.

Danilo Magrão, diretor da APEOESP pela Oposição Alternativa acrescentou que “Como disse a Diana, o PT, ao assimilar todos os métodos corruptos de governo dos capitalistas, aplicar ataques e impedir que os trabalhadores se organizem para combater os ajustes do ‘seu’ governo, abriu o caminho à atual ofensiva da direita, que agora quer aproveitar o terreno preparado pelos governos petistas para aplicar ataques ainda mais duros que os que Dilma vinha implementando. Os sindicatos e centrais sindicais dirigidas pelo PT e até agora utilizavam os a ofensiva golpista da direita para paralisar e derrotar a luta contra os ataques do “seu” governo e da patronal. Depois do impeachment, continuam calados, sem propor nenhum plano, nem data, nem nenhuma medida séria de luta coordenada com os métodos da luta de classes. Apesar de convocar o único ato do 1º de maio contra o golpe, a CUT disse que ‘não está pensando em nenhuma paralisação’. Só se não estiver se referindo à sua própria paralisia.

É preciso impor às burocracias sindicais como a CUT e CTB rompam de vez com sua submissão ao governo que nesse momento está perdendo a batalha do impeachment, e saia da paralisia organizando um plano de lutas sério uma greve geral já contra o golpe institucional e os ataques dos governos, começando pelas categorias em luta como no Rio de Janeiro.

Por sua vez, Jéssica Antunes, diretora do Centro Acadêmico da Letras da USP, argumentou que “A juventude hoje amarga 17% de desemprego no país, golpeada pelo trabalho precário e a onda de demissões na indústria e nos serviços. A mentira da pátria educadora do PT se mostra na falta de perspectiva de futuro, educação pública aos pedaços e desemprego. Neste Dia Internacional dos Trabalhadores, nós da Juventude Faísca queremos ao lado dos jovens trabalhadores mostrar que uma juventude só pode ser revolucionária e anticapitalista se estiver aliada ao conjunto da classe trabalhadora. Somos parte desta juventude que vem ocupando escolas em SP e no RJ contra os cortes. Queremos ser uma faísca no Brasil inteiro pra incendiar e radicalizar a luta contra este golpe da direita e todos os ataques dos governos. Levamos esta política que foi aprovada em diversas assembléias estudantis nas estaduais paulistas, como na Letras e Educação da USP e nas Ciências Humanas na Unicamp, na UFMG. Eles querem nos atacar, querem acabar com nosso futuro, não deixaremos que a crise seja paga pelos trabalhadores e pela juventude.”

Por fim, Diana completou “Por isso, neste 1º de maio, nós do Movimento Revolucionário de Trabalhadores buscamos conformar um bloco chamando todos os trabalhadores, mulheres e jovens nos atos convocados pela CUT e CTB, PSOL, MTST, e pela Frente Povo Sem Medo, pois apesar da paralisia cúmplice que as centrais governistas como CUT e CTB impõem até agora ao movimento de massas, estes foram os únicos atos contra o golpe.

O Espaço Unidade de Ação e os sindicatos da Conlutas devem rever sua política para batalhar por uma saída independente para a crise junto às bases dos sindicatos da CUT, abandonando a política funcional ao golpe reacionário por parte do PSTU, que junto correntes internas do PSOL se negam a combater o golpe da direita cavando a própria cova e querendo levar junto os trabalhadores e a juventude.

É urgente radicalizar a luta contra o golpe em todo o país, colocando de pé os principais batalhões da classe trabalhadora para paralisar os centros da economia, organizando ações de protesto em cada canto do país do movimento estudantil, sem terra e sem teto.”

Se este golpe se consuma no Senado será um gravíssimo antecedente para toda a América Latina. Se triunfa o golpe institucional no Brasil, se fortalecerão Macri e a direita em nosso subcontinente, e vão querer vir por mais ataques. Por isso, o Partido de Trabalhadores Socialistas, organização irmã do MRT na Argentina, e nossas organizações irmãs no Chile, no México, na Bolívia, na Venezuela e no Uruguai impulsionarão neste final de semana atos internacionalistas contra o golpe no Brasil e os ajustes na América Latina. Na Argentina, em frente à embaixada brasileira, ocorrerão os maiores atos contra o golpe em outro país até agora, pois contaram com milhares de trabalhadores, mulheres e jovens.




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