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Greve dos Garis RJ | MP arbitrário se posiciona contra direito de greve e colabora com autoritarismo de Paes

Gerentes da Comlurb usam a notícia do parecer do MP para amedrontar os trabalhadores que seguem em luta neste 10º de greve. O parecer é arbitrário e colabora com o autoritarismo de Paes, mas nem mesmo representa uma decisão da justiça, que só pode ser decretada depois de julgamento que considera todas as partes envolvidas.

quarta-feira 6 de abril de 2022 | Edição do dia

O parecer do Ministério Público do Trabalho, assinado pela procuradora regional do trabalho Deborah da Silva Felix, vem sendo difundido pela mídia e chefias da Comlurb como uma decisão judicial, como se já estivesse decretada a abusividade da greve. Uma manipulação da informação que tenta amedrontar os trabalhadores, mas o parecer da procuradora ainda nem foi enviado formalmente ao sindicato.

Na tarde de ontem, enquanto trabalhadores e trabalhadoras da Comlurb se manifestavam nas ruas da Zona Sul do Rio, dialogando com a população sobre sua greve e recebendo amplo apoio das janelas e motoristas que buzinavam, em seu gabinete, a procuradora regional do trabalho Deborah da Silva Felix, escrevia parecer dizendo que a a greve dos garis é abusiva porque teria desrespeitado a lei 7783/89 e não obedecido a decisão liminar da Justiça do Trabalho que determinava ’a manutenção de 100% dos serviços sob pena de multa’.

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Para a procuradora, abusiva é uma luta que reivindica reajuste e direitos básicos do trabalhador e não a intransigência de Eduardo Paes e a direção da empresa que vem se negando a negociar as demandas em termos justos. Assim se vê de que lado atua a justiça, sempre privilegiando os interesses das patronais e governos e não do trabalhador.

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Mas o mais escandaloso é que a notícia do parecer vem sendo circulada, na mídia, em especial na Globo, fiel escudeira de Eduardo Paes, mas também nas redes dos trabalhadores grevistas, enviadas por encarregados, como sendo uma decisão da justiça, quando na verdade se trata de um parecer assinado individualmente e que nem mesmo foi formalmente enviado ao sindicato da categoria.

Todo esse esforço de manipulação da informação é para amedrontar os trabalhadores que vem enfrentando com muita garra, desde o primeiro dia da greve, vários desafios para seguir adiante com suas reivindicações. A liminar da justiça de determinava multa em caso de paralisação foi um dos primeiros ataques ao direito de greve e deve continuar sendo rechaçado pelos trabalhadores, sem nenhuma confiança nessa justiça dos patrões!

Neste 10º dia de greve, garis, agentes de preparo de alimentos e vigias, todos trabalhadores da Comlurb, se juntam à outras categorias do serviço municipal, da educação e saúde, em ato na frente da Prefeitura do Rio. A unificação da luta fortalece o movimento. Todo apoio na população é necessário para enfrentar a intransigência de Paes, os ataques da justiça e as manobras da burocracia sindical.

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