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TRABALHO ESCRAVO | M. Officer é condenada por trabalho escravo e pode ficar 10 anos fora do mercado em SP

Segundo o Ministério Público do Trabalho a varejista utilizava empresas intermediárias para subcontratar o serviço de costura, realizado em grande parte por imigrantes em oficinas clandestinas submetidos a jornadas excessivas em condições precárias, sem qualquer direito trabalhista.

sexta-feira 23 de março de 2018 | Edição do dia

Acusada por trabalho escravo a grife foi condenada./ Imagem: Innovations Democratic

A empresa M5 Indústria e Comércio proprietária da marca M.Officer, foi condenada em 1.ª instância por submeter trabalhadores em condições análogas à de escravidão para manter seu lucro, segundo o Ministério Público do Trabalho a varejista utilizava empresas intermediárias para subcontratar o serviço de costura, realizado em grande parte por imigrantes em oficinas clandestinas submetidos a jornadas excessivas em condições precárias, sem qualquer direito trabalhista.

A decisão partiu da 4.ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, e a empresa terá que arcar com uma multa de R$ 6 milhões em multa e poderá ficar impedida de exercer suas atividades no estado de SP por até 10 anos.

A condenação da M.Oficcer não significa o fim do trabalho escravo nos setores têxteis, existe um grandioso número de trabalhadores neste ramo no Brasil, muitos vindo da Bolívia para encontrarem melhores condições de vida e acabam sendo submetidos a trabalharem em jornadas de até 14 horas por dia em condições precárias de trabalho e com um salário miserável apenas para sobreviverem, tudo isso para manter o lucro dos capitalistas. O grande número de desemprego no país aumenta a exploração, o trabalho precário e informal.

Hoje com o aprofundamento da reforma trabalhista do governo Temer (em vigor desde novembro de 2017) o trabalho análogo escravo se aprofunda com uma roupagem de retrocesso dos direitos dos trabalhadores antes assegurados na CLT, contribuindo ainda mais que o trabalhador fique nas mãos dos empresários e sindicatos, onde eles que decidem as negociações sobre o empregado.

A classe trabalhadora não deve aceitar esse retrocesso de direitos, é preciso um plano de luta unificado por todos os trabalhadores dos diferentes setores para barrar esses ataques de um governo golpista que defende cada vez mais os interesses dos capitalistas, é necessário impedir de vez a reforma da previdência, baixar a reforma trabalhista e impedir o avanço da exploração da classe trabalhadora.




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