Enquanto ferroviários reivindicam reajuste salarial, tendo 2 anos de arrocho salarial, estratégia do secretário de transportes de São Paulo, Alexandre Baldy (PSDB), é atacar a greve como "inadmissível".
quinta-feira 15 de julho de 2021 | Edição do dia
Foto: Renato Lobo | Via Trolebus
Alexandre Baldy, o secretário de transportes de SP, disse no twitter que as reivindicações dos trabalhadores da CPTM são inadmissíveis e impossíveis de serem cumpridas. Para alguém como o secretário, um empresário milionário e político de carreira, exigir um reajuste de salário em meio à alta da inflação é inadmissível. Desde de 2019 que a categoria está sem reajuste de salário, isso em meio a outros condições precárias de trabalho, com quadro de funcionários reduzido, e linhas sendo privatizadas.
É inadmissível que os sindicatos que representam os colaboradores das linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa, com toda a linha de frente vacinada e com uma crise econômica, decida fazer greve nesta quinta-feira (15/07).
— @alexandrebaldy (@alexandrebaldy) July 15, 2021
Baldy, um político de Goiás nomeado por seu colega tucano Doria, que inclusive foi investigado por corrupção, usa a pasta de transportes para ganhar capital político impondo duros ataques aos trabalhadores, como já havia tentado com os metroviários que por meio de sua greve resistiram. Como na greve dos metroviários, Baldy usa a mesma estratégia de tentar desqualificar a greve, contando com o apoio da mídia burguesa para isso, enquanto a população sabe que são os trabalhadores aqueles que defendem o transporte de qualidade contra a precarização e a privatização.
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É preciso cercar de solidariedade a greve dos ferroviários, um importante foco de resistência à carestia das condições de vida dos trabalhadores que os golpistas como Doria e Baldy querem impor. Todo apoio à greve dos ferroviários!