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Conciliação de classes | Lula, buscando alianças com a direita, se reúne com oligarca e golpista Renan Calheiros

Lula segue com sua política de conciliação de classes, buscando se aliar com o deplorável Alckmin, e se encontrando com "velhos amigos", como Renan Calheiros, o mesmo que aprovou, enquanto presidente do Senado, o pedido de impeachment contra Dilma em 2016, e que defende a reforma trabalhista, o teto de gastos, a reforma da previdência de Bolsonaro, entre outros ataques, sendo uma velha figura do oligarca e escravocrata MDB. As alianças e diálogos que Lula e o PT vêm construindo visando as eleições repetem os mesmos erros que resultaram em golpe e no governo Bolsonaro.

terça-feira 1º de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Imagem: Ricardo Stuckert/Folha

Em encontro com Lula (PT), na noite desta segunda-feira (31), em São Paulo, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu que "se o MDB não tiver um candidato competitivo, é mais consequente uma aliança com Lula".

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O governador de Alagoas e filho do senador, Renan Filho (MDB-AL), também participou da reunião.

"Tivemos uma conversa com o presidente Lula sobre democracia, institucionalidade, economia e eleição. Inclusive a última, que elegeu Bolsonaro e quebrou o Brasil. Pessoalmente, defendo que, se o MDB não tiver um candidato competitivo, é mais consequente uma aliança com Lula", disse Renan Calheiros.

Apesar de Calheiros publicamente apoiar a candidatura de Lula ao Planalto no próximo pleito, o MDB oficialmente lançou a pré-candidatura da também senadora pelo partido Simone Tebet (MS).

Lançada em dezembro do ano passado, a pré-candidatura sofre c com descrença de parte do mundo político, inclusive dentro do MDB, expressando apenas 1% das intenções de voto, o que torna incerta a sua candidatura.

Há rumores de que o MDB busca marcar posição e depois barganhar uma composição de chapa, com a possibilidade de indicar um candidato a vice-presidente.

De acordo com a última pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 13 e 16 de dezembro com 3.666 pessoas com mais de 16 anos, Lula apareceu com 47% das intenções de voto e Bolsonaro, com 21% no cenário com diversos candidatos.

Lula vem buscando se aliar com algumas das figuras mais grotescas da política brasileira, que nós já conhecemos há muito tempo, como o neoliberal e eterno inimigo da classe trabalhadora Geraldo Alckmin (PSDB), entre outras figuras reacionárias e coronelistas, com agora se reunindo para ter um encontro amigável com um "velho amigo" do PT, o oligarca e golpista Renan Calheiros, o mesmo que aprovou o impeachment de Dilma Rousseff (PT) enquanto presidia o Senado em 2016, e que foi base dos governos petistas anteriores ao golpe.

Calheiros defende os ataques mais draconianos contra a classe trabalhadora, como a reforma trabalhista, ou quando defendeu a PEC 55 do governo Temer, a PEC do teto de gastos que cortava gastos com saúde e educação para o povo e os salários dos servidores públicos por 20 anos, e a reforma da previdência, ao qual ele mesmo já chegou à sinalizar à Bolsonaro que se ofereceria como braço direito do presidente, dizendo fazer "tudo pela Reforma da Previdência". Calheiros também votou para manter Augusto Aras na PGR, para seguir blindando Bolsonaro.

Além disso, o senador fez parte do teatro demagógico da "CPI da Covid," que nunca serviu para combater o negacionismo e a irracionalidade na condução da pandemia por Bolsonaro, mas apenas para a lavar a sua cara e a de outros golpistas que se colocam como "oposição" à Bolsonaro, mas quando se trata em atacar a classe trabalhadora, estão todos unidos, ao mesmo tempo em que nenhuma justiça foi feita, com Bolsonaro seguindo impune e sem apresentar nenhuma resposta que combatesse de fato a pandemia.

Além disso, ele faz parte do MDB (ex-PMDB), partido de famílias de oligarcas que governam há anos o país, os donos do poder, donos de grandes latifúndios e empresas escravistas, envolvidos até os dentes em escândalos de corrupção, membros deste partido que sempre está ao lado de quem está no poder, desde a ditadura, aprovando todo tipo de medida que ataca os trabalhadores desde sempre, não tem uma gota de honestidade, a não ser o gosto pelos próprios privilégios. Esse partido sempre vota junto com o centrão e Bolsonaro todos os ataques contra a classe trabalhadora.

É com esses setores que Lula busca se reunir, com sua política de conciliação de classes que se coloca contra Bolsonaro, mas que pavimenta o caminho para a construção de um governo que rifa os direitos dos trabalhadores em prol de uma suposta governabilidade que na realidade significa a administração do Estado capitalista. A união, ou mesmo o diálogo, com setores da burguesia significa abrir mão de uma política que defenda realmente os interesses da classe trabalhadora.

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As alianças e diálogos que Lula e o PT vêm construindo visando as eleições repetem os mesmos erros que resultaram em golpe e no governo Bolsonaro.

Somente com uma política de enfrentamento aos interesses da burguesia, atacando seus lucros, revogando as reformas e defendendo um programa de independência de classe é possível lutar contra o governo Bolsonaro e contra os setores que em meio a crise atacam os direitos dos trabalhadores para garantir seus lucros.

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